Este blog tem por finalidade promover a discussão, troca de experiências e suporte para os professores de Geografia da Rede Municipal de São Vicente e demais interessados.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Energia Nuclear

As usinas nucleares um bem ou um mau para a sociedade?

No ocidente, usinas possuem um rigoroso sistema de segurança para evitar contaminação do meio ambiente.

   Um acidente na Usina de Angra dos Reis em maio de 2009 fez os brasileiros relembrarem o eterno fantasma do vazamento em Chernobyl, que ocorreu na Ucrânia em 1986, e levantou a questão: será que esse tipo de usina é seguro? Os especialistas garantem que sim. "Verificando o histórico de operação de usinas ocidentais, é possível constatar que se passaram mais de 50 anos sem acidentes com vítimas fatais. Aqui no Brasil, a usina de Angra 1 já tem 15 anos de operações sem acidentes graves, número bem menor do que o registrado em outras atividades industriais", afirma Edson Kuramoto, diretor da Associação Brasileira de Energia Nuclear. A mesma opinião é compartilhada por Luís Antônio Albiac Terremoto, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), "as pessoas têm essa idéia de que a energia nuclear pode ser perigosa porque não têm idéia do grau de segurança das usinas. Para vazar ao meio ambiente, a radiação precisa passar por seis barreiras. O que aconteceu em Chernobyl é que não haviam várias dessas barreiras e houve uma operação negligente. Mesmo assim, até hoje morreram apenas 45 pessoas em decorrência do acidente", explica o físico.

    Além de ser segura, a energia nuclear ainda tem a vantagem de ser considerada limpa, ou seja, não provoca emissões de gases estufa. Fora isso, a área ocupada por uma usina nuclear é pequena se comparada à quantidade de energia gerada. A quantidade de resíduos gerados também é menor do que em outras atividades industrias. Ou seja, as usinas nucleares são a aposta para o futuro. "Atualmente, os brasileiros consomem apenas 1/3 da energia utilizada em Portugal, por exemplo. Se o Brasil se desenvolver, vai ter que no mínimo duplicar a geração de energia. E isso não é possível só com as usinas hidrelétricas e as usinas nucleares são uma alternativa melhor do que as termoelétricas, que utilizam combustíveis fósseis", afirma Edson Kuramoto. O especialista ainda conta que, segundo o planejamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, até 2030 devem ser construídas entre quatro e oito novas usinas nucleares no Brasil.

    Apesar de todas essas vantagens, quando se fala em energia nuclear, levanta-se duas questões: o que fazer com o lixo nuclear e como garantir que as reservas de urânio não serão esgotadas. O problema da geração de lixo parece já ter sido solucionado. "Todos os dejetos são medidos, colocados em armazenados em repositórios que ficam nas próprias usinas, de forma segura. Sem contar que a produção de dejetos nucleares é muito pequena se comparada à de outras atividades. Não há o menor risco de contaminação do meio ambiente. Para se ter uma referência, alguns gases produzidos por termoelétricas ou por carros permanecem na atmosfera por 800 anos.

    Entretanto nas últimas semanas nos deparamos com uma realidade não tão tranquila, onde muitos governos no mundo já repensam a utilização de usinas nucleares para a produção de energia e voltam seus recursos e preocupações para a produção de energia através de fontes alternativas.
                                                                                                                                       (texto adaptado da matéria publicada na Revista Nova Escola)

    Deste modo, problematize com a sala o tema contextualizando a realidade brasileira e mundial, oportunizando o debate e a construção do conhecimento favorecendo o posicionamento crítico dos alunos sobre o assunto.

    Disponibilizo dois vídeos sobre o tema, sendo o primeiro uma abordagem sobre o funcionamento de uma usina nuclear e o segundo uma reportagem do progama Fantástico da Rede Globo que contempla uma visita a Chernobyl em 2001.




segunda-feira, 14 de março de 2011

O terremoto e o tsunami no Japão

    Às 14h46min do dia 12 de março um forte terremoto de 8,9 graus na escala Richter – com epicentro no oceano a 24 km de profundidade e a apenas 130 km da costa do Japão – sacudiu o arquipélago. Nesta magnitude, o sismo tem a força suficiente para dizimar cidades inteiras. Minutos depois, um tsunami devastou várias cidades da costa nordeste do país, em especial a província de Miyagi, cuja capital é Sendai, com 1 milhão de habitantes. Foi o maior abalo já ocorrido no país, situado entre os dez maiores já registrados pela humanidade.

    Mesmo sendo um país rico, organizado e com espaços estruturados para suportar abalos – os japoneses estão acostumados a tremores de terra diários –, os efeitos são devastadores: o cenário é de terra arrasada, com destroços amontoados em várias cidades da região. O abalo foi de grande magnitude, mas a maior parte da destruição resulta da ação do tsunami, com ondas de até 10 metros de altura que arrastaram casas, carros, barcos, equipamentos públicos e edificações terra adentro. Entre os efeitos mais preocupantes está o comprometimento de reatores nucleares em Fukushima. Houve também repercussões em ilhas do Pacífico e na costa oeste do continente americano. Nos dias seguintes, sucessivos tremores foram registrados no país.

    É importante que os estudantes se apropriem de explicações sobre a ocorrência dos fenômenos naturais como esse e aproveitem a oportunidade para refletir sobre os limites da ação humana diante da intensidade de episódios de grande porte.

    Explique à turma que nas próximas aulas eles vão analisar os terremotos e tsunami ocorridos no Japão e suas consequências sociais e econômicas. O trabalho será dividido em três temas:

a) causas e ocorrências de terremotos;

b) os tsunamis como efeito conexo dos abalos sísmicos;

c) a capacidade atual da organização social japonesa para lidar com catástrofes naturais desse tipo, incluindo-se aí as redes de cooperação internacional.

(texto extraído e adapatdo da proposta do professor Roberto Giansanti apresentada no site da Revista Nova Escola / http://revistaescola.abril.com.br/)



Vídeos para ilustrar e desenvolver o tema da aula.

Reportagem do Jornal Nacional (Rede Globo) sobre a força dos terremotos e dos tsunamis, exemplificado pela recente catástrofe ocorrrida no Japão.






Nasa divulga primeira imagem do Japão após terremoto e tsunami
Extra Online 12/03/2011 às 13:09
Imagem do satélite de observação da Terra, da Nasa / Foto: Reuters

A Nasa (agência espacial americana) divulgou neste sábado a primeira imagem do Japão após o país ter sido atingido por um terremoto e uma tsunami. A fotografia feita pelo satélite de observação da Terra mostra a região de Sendai inundada e devastada pela onda gigante que destruiu a costa japonesa na sexta-feira.


Abaixo, duas imagens capturadas pela Nasa mostram a região de Sendai antes e depois do terremoto. A primeira foi feita ainda no dia 11 de março e, a segunda, neste sábado.


Imagem do satélite de observação da Terra, da Nasa / Foto: Reutersnar legenda



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A importância de se trabalhar a cartografia

    As práticas com mapas eram atividades subutilizadas nas escolas. Hoje se transformaram em preocupação fundamental para o ensino de Geografia. Importantes noções, como a própria localização espacial, são tratadas com o auxílio de mapas. 
     Atualmente observa-se que muitos profissionais voltados ao ensino da Cartografia, estão desenvolvendo modelos para que alunos do ensino fundamental aprendam o que é uma escala, como é feita a representação do relevo, o que é uma projeção cartográfica etc. Entretanto, sem se preocupar com o exercício da própria cartografia no cotidiano da escola, quando do ensino de outras disciplinas como geografia, história, sociologia, dentre outras que podem utilizar essa ferramenta e seus produtos no seu aprendizado.
     Então como ensinar Cartografia? Inicialmente o que deve ser feito é despertar o interesse do aluno para as aplicações cartográficas, conduzindo-o a exercitála sem que isto configure um tópico de uma disciplina ou ela própria. Afinal por que aprender cartografia?
    Este despertar para a cartografia pode se iniciar com o aluno ainda na pré-infância, através de informações elaboradas pela própria escola na forma de mapas, a respeito de sua vizinhança, acesso, meios transporte, segurança pública, etc..., pelos pais e depois o próprio aluno passará a elaborar seus “mapas”, independentemente de saber o que é escala, projeção ou qualquer técnica cartográfica.
    Trata-se do exercício natural dessa ferramenta, que ocorre com o crescimento do conhecimento adquirido nas diversas disciplinas, das necessidades e do interesse do próprio aluno.
     Sendo assim, reforço a causa defendida no ano passado, precisamos nos fazer valer desta importantíssima ferramenta em sala de aula, trabalhando conceitos e agregando valores e conteúdos em diferentes momentos, oportunizando uma aprendizagem reflexiva, crítica e com qualidade para os nossos alunos.



Texto adaptado de "Ensinando Cartografia" de  Paulo César Gurgel de Albuquerque.
Vídeo extraído do youtube.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Avaliação Diagnóstica

I. Avaliação Diagnóstica

Os três tipos de avaliação

Marcelo Akira Inuzuka

Para poder falar sobre avaliação, é importante saber classificá-las. Bloom et. all [2] classifica as avaliações em três tipos:

1. Avaliação Diagnóstica

Geralmente é realizada inicialmente pelo educador para diagnosticar os pontos fracos e fortes do aluno na área de conhecimento em que se desenvolverá o processo de ensino-aprendizagem. O processo de ensino é um processo de construção de conhecimento e diagnosticar no início é como verificar se “a fundação da casa está boa para se iniciar a construção”, ou seja, se o aluno domina todos os pré-requisitos. Por exemplo, antes de ensinar as operações de multiplicação, é interessante saber se aluno domina bem o processo de soma. Assim, o resultado da avaliação diagnóstica pode apontar uma necessidade de revisão de um assunto que servirá de base para os seguintes, que poderá ser trabalhado individualmente ou coletivamente.

2. Avaliação Formativa

A avaliação formativa é geralmente realizada durante todo o processo de ensino-aprendizagem. É melhor aproveitada quando o resultado (feedback) é rapidamente fornecido para os alunos, permitindo que possam corrigir eventuais erros de interpretação do conteúdo ensinado. É um termômetro para o professor e o aluno saberem como o aprendizado está sendo desenvolvido, bem ou mal, permitindo que o aluno se recupere agilmente. Acontece no dia-a-dia da sala de aula, durante as atividades desenvolvidas pelo professor durante o processo ensino-aprendizagem.

3. Avaliação Somativa

Geralmente é realizada no final de um curso e é conhecida como 'prova', ou seja, serve para classificar se o aluno 'passou' ou não. Pela obrigatoriedade dos professores fornecerem 'notas', é a que é mais aplicada no ensino tradicional.

Função da avaliação diagnóstica

A avaliação diagnóstica possui uma importância elevada no processo de ensino-aprendizagem. Luckesi [14] argumenta que a avaliação deve ser diagnóstica, voltada para autocompreensão e participatipação do aluno.

Luckesi defende que a avaliação deva ser um instrumento auxiliar de aprendizagem (mais diagnóstica) e não para aprovação/reprovação de alunos (menos somativa): "...que (a avaliação) ela seja um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento de aprovação ou reprovação dos alunos... Este é o princípio básico e fundamental para que ela venha a ser diagnóstica. Assim como é constitutivo do diagnóstico médico estar preocupado com a melhoria de saúde do paciente, também é constitutivo da avaliação da aprendizagem estar atentamente preocupada com o crescimento do educando. Caso contrário, nunca será diagnóstica".

Outro aspecto interessante é sobre a idéia de Luckesi da função da avaliação, como instrumento de autocompreensão do professor, aluno e sistema de ensino, permitindo descobrir os desvios:

"No que se refere à proposição da avaliação e suas funções, há que se pensar na avaliação como um instrumento de diagnóstico para o avanço e, para tanto, ele terá as funções de autocompreensão do sistema de ensino, do professor e do aluno... O professor, na medida em que está atento ao andamento dos seus alunos, poderá, através da avaliação da aprendizagem, verificar o quanto o seu trabalho está sendo eficiente, e que desvios está tendo. O aluno, por sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência do seu limite e das necessidades de avanço."

Luckesi também acrescenta que para a avaliação funcionar como ferramenta de autocompreensão, deve ter um caráter participativo:

"Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de autocompreensão, importa que tenha, também, o caráter de uma avaliação participativa. Por participativo, aqui, não estamos entendendo o espontaneísmo de certas condutas auto-avaliativas, mas sim a conduta segundo a qual o professor, a partir dos instrumentos adequados de avaliação, discute com os alunos o estado de aprendizagem que atingiram."

Concluindo, Luckesi defende que a avaliação diagnóstica possui elevado valor didático, uma vez que permite uma correção de rumos do sistema de ensino, do professor e do aluno, durante o processo de ensino-aprendizagem por meio da autocompreensão, e que para que esta ocorra, deve ser participativa, através de diálogo adequado com os alunos.

O produto esperado da avaliação diagnóstica é a detecção de problemas, procurando indentificar causas e apontar soluções. Este processo deve ser realizado antes e durante todo o processo de ensino-aprendizagem, não no final, onde já não há mais tempo hábil para que se apliquem as devidas correções. Logo, percebe-se que a avaliação diagnóstica ou formativa gera um esforço maior do professor; este precisa conhecer a deficiência específica de cada aluno, de forma individualizada, autocompreensiva e participativa.

É então necessário reavaliar o processo de avaliação, aplicando avaliações diagnósticas em momentos estratégicos, e a partir da detecção de 'doenças' aplicar o 'remédio', mesmo que amargo. Somente assim é que podemos saudavelmente desenvolver um bom nível de educação.

Aplicando avaliações diagnósticas

Como foi dito aplicação de avaliações diagnósticas pode ser tanto no início ou durante um curso e tem várias formas de aplicação. Vamos apresentar alguns casos para que tornemos sua utilização mais clara.

Segundo Tarouco [33], a Avaliação Diagnóstica pode ser utilizada para realizar encaminhamentos ou reforço escolar para que o aluno resolva seus problemas juntamente com especialistas como psicólogos, orientadores educacionais, entre outros:

"...ocorre em dois momentos diferentes: antes e durante o processo de instrução; no primeiro momento, tem por funções: verificar se o aluno possui determinadas habilidades básicas, determinar que objetivos de um curso já foram dominados pelo aluno, agrupar alunos conforme suas características, encaminhar alunos a estratégias e programas alternativos de ensino; no segundo momento, buscar a identificação das causas não pedagógicas dos repetidos fracassos de aprendizagem, promovendo, inclusive quando necessário, o encaminhamento do aluno a outros especialistas (psicólogos, orientadores educacionais, entre outros)."

Por outro lado, Swearingen [32], explica que a avaliação diagnóstica é utilizada para determinar a necessidade de reestudo:

"Na prática, o propósito da avaliação diagnóstica é para medir, antes do processo de ensino, cada deficiência, competência, fraqueza, conhecimentos e habilidades. Possuindo tais dados, isto permitirá que o professor oriente seus alunos e ajustem o curriculum para suprir cada necessidade individual...

A importância de cada tipo de avaliação

Os tipos de avaliações não são excludentes entre si. Uma avaliação pode ter características diagnósticas, formativas e/ou somativas ao mesmo tempo, servindo para dois objetivos simultaneamente.

Um bom processo de ensino-aprendizagem consiste em um ciclo iterativo em que se diagnostica, forma, classifica e diagnostica novamente. Geralmente, um educador que negligencia um ou outro tipo de avaliação provavelmente não deve colher bons resultados.

Caso o professor não tenha diagnosticado no início, pode cometer o erro de tentar ensinar algo que o aluno não é capaz de aprender, por falta de conhecimentos básicos para construir seu conhecimento.

Texto adaptado por Marina Pereira Reis,http://wiki.sintectus.com/bin/view/EaD/AvaliacaoDiagnostica - acessado em 16/fev/2011.

Outras fontes:

www.eaprender.com.br

http://www.udemo.org.br/RevistaPP_02_03AvaliacaoDiag.htm

http://www.luckesi.com.br/pergunda_e_respostas_questao_11.htm

Sugestão de leitura: Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem escolar, Cortez Editora.

II. Estratégias

Sugestão de leitura: Antoni Zabala, A prática educativa – como ensinar, Artmed Editora.

Sugestões de Estratégias para o Plano de Aula

Meus Caros,

Retornamos com as atividades do blog de Geografia, esperando que o ano de 2011 possa ser muito proveitoso e próspero.
Novamente reforço que este espaço é um canal para trocarmos experiências e tratar de assuntos relacionados a Geografia. Sendo assim, fiquem a vontade em contribuir com seus relatos e/ou textos sobre temas afins. 
Para iniciar disponibilizo sugestões de estratégias para o desenvolvimento do Plano de Aula.

Estratégias:


- Leitura dirigida (do texto..., do livro...);


- Exercícios orais, escritos, abordando o tema proposto;


- Cruzadinha sobre o tema da aula;


- Caça-palavra sobre o tema da aula;


- Coleta de dados sobre através de pesquisas, entrevistas, leituras, etc.;


- Observação e análise de gravuras, imagens, fotos...;


- Pesquisas de temas dirigidos;


- Questionário sobre o tema da aula;


- Recorte e colagem de exemplos de do assunto abordado;


- Atividades lúdicas abordando o tema proposto;


- Entrevista sobre a temática abordada;


- Confecções de cartazes para elucidar a proposta da aula;


- Trabalhar músicas analisando o contexto proposto;


- Elaboração de síntese;


- Utilização do vídeo “...” para abordar ou para exemplificar o tema;


- Utilização de jogos educativos;


- Realização de atividades individuais e em grupos;


-Leitura e interpretação de textos;


- Leitura e interpretação de mapas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Noções de Alfabetização Cartográfica

Oficina:  “O caminho”

Material:
Folha de papel ofício, lápis colorido, lápis preto e borracha.

Dinâmica:
Os alunos levam a tarefa de observar o caminho que fazem de suas casas para a escola.
E desenhar o caminho percorrido.
Ao professor cabe o papel de contextualizar a tarefa.
Indagando:
 - o endereço de cada aluno, de onde vem, onde mora (bairro, rua, número, etc);
 - pontos de referência (locais de destaque que sirvam para localizar as pessoas);
 - verificar se no caminho da casa para a escola, quais elementos foram vistos primeiro e quais estão próximos uns dos outros (posicionamento/vizinhança);

Reflexão:
Nesta atividade o aluno trabalha com a construção das Relações Topológicas: antes, depois, entre, vizinhança, etc. Com as relações Projetivas: direita e esquerda e com reversibilidade corporal. E tenta iniciar a abstração de escalas nas relações de proporção e razão provenientes das Relações Euclidianas.

Aproveitando a oportunidade, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!!!!
As postagens voltam em 2011, com muito mais novidades e possibilidades de se pensar a Geografia em sala de aula.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OFICINA - Leitura e interpretação de mapas


Objetivos Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e baseada em símbolos, códigos e convenções próprios. Ler, analisar e interpretar em diferentes escalas em um mapa. Elaborar um texto síntese sobre o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações 
Material necessário Jornais, revistas, livros didáticos, atlas geográfico e acesso à Biblioteca e ao Laboratório de Informática da escola.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que os estudantes façam uma análise das representações cartográficas apresentadas em jornais, revistas, portais da internet, livros escolares e outros veículos de comunicação. Para isso, divida a turma em pequenos grupos, entregue a eles algumas revistas e jornais e peça que pesquisem, coletem, selecionem e organizem os mapas encontrados, anotando tema, título, fonte, nome e data de publicação. Em seguida, promova uma conversa com a turma sobre o que sabem a respeito dos elementos centrais que devem estar presentes nos mapas e peça que analisem a adequação dos elementos da linguagem cartográfica apresentados em cada mapa selecionado.

2ª etapa Com base nos resultados, amplie as informações destacando que a cartografia é uma linguagem com símbolos, códigos e convenções. Por ser uma linguagem visual e universal, é desejável que um mapa possa ser lido e interpretado por qualquer pessoa, independente de onde esteja.

Pergunte à turma quais são os elementos centrais que não podem faltar em um mapa. Eles devem pontuar: título, legenda, escala cartográfica, o Norte, toponímia, projeção, coordenadas geográficas e símbolos e referências gráficas. Explique que é indispensável que o mapa contenha as fontes anotadas de forma completa, incluindo as pesquisas das bases de dados. Ressalte também que as representações podem ser dispostas em pontos, linhas e áreas e organizadas para mostrar relações entre fenômenos como diversidade, ordem e proporcionalidade.

Para possibilitar a leitura, o mapa deve conter a identificação clara do significado dos símbolos e cores adotados na representação. É importante também que não estejam muito carregados, com excesso de informações que comprometam a apreensão visual. O mais indicado, nesses casos, é que o tema seja apresentado em uma coleção de mapas.

3ª etapa
Se necessário, faça um rápido exercício de verificação dos elementos estruturais de um mapa em atlas geográficos e livros escolares. Em seguida, proponha que cada grupo examine com atenção um dos mapas recolhidos na primeira aula. Peça que identifiquem e discutam situações em que os mapas devem ser completados – ou até mesmo corrigidos – e elaborem um quadro com essas observações, justificando-as a partir de premissas da linguagem cartográfica. Com base nos resultados, solicite que cada grupo apresente aos demais as correções que faria em cada mapa.

4ª etapa Promova uma roda de conversa para debater e estabelecer conclusões sobre o trabalho realizado. Peça que anotem as principais conclusões e proponha a elaboração de uma dissertação individual sobre o tema. Nela, cada estudante deverá discutir o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações e compreensão de temas por diferentes públicos. Para enriquecer os trabalhos, é recomendável a inserção de plantas, cartas e mapas e outras representações gráficas.

Avaliação
Considere a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Da mesma forma, verifique a correção conceitual, a clareza e organização dos textos, assim como da exposição dos resultados dos trabalhos. Na dissertação, leve em conta o modo como apresentaram e discutiram os processos e visões acerca do tema, bem como a correta apresentação e utilização das bases de dados, noções e conceitos cartográficos analisados. Reserve um tempo para que as turmas avaliem o trabalho realizado.

Consultoria Roberto Giansanti
geógrafo, autor de livros didáticos e consultor educacional