Este blog tem por finalidade promover a discussão, troca de experiências e suporte para os professores de Geografia da Rede Municipal de São Vicente e demais interessados.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Região Sudeste

Disponibilizo um slide sobre a região Sudeste, pertinente para trabalhar com os alunos dos 7ºs anos.
Apresenta seu conteúdo em tópicos, ideal para a interação do professor na explanação do tema.
Região sudeste





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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comparação entre paisagens

A postagem desta semana é pautada em uma proposta de aula dinâmica, que possibilita o envolvimento da sala valorizando a percepção do espaço.

Objetivos
- Desenvolver habilidades de leitura da paisagem.
- Ampliar o conhecimento espacial em relação ao seu lugar.

Conteúdos
- Construção da leitura e da expressão sobre o lugar e sua dinâmica.
- O gênero descritivo e a paisagem.

Material necessário
- Caderno de campo, papel vegetal, máquina fotográfica, plantas e mapas do local e/ou internet para consulta de mapas e lápis preto.

Desenvolvimento

1ª etapa
Forme grupos e distribua fotos antigas do seu município (campo ou cidade). Peça que os alunos identifiquem o lugar retratado e justifiquem sua resposta. Faça uma roda para que os grupos apresentem suas ideias, falem sobre as marcas do passado na paisagem atual e as possibilidades de ler por meio delas ações de sua dinâmica. Solicite a todos que construam um croqui (esboço) do lugar com pontos de referência e nomes (topônimos). Oriente-os a escrever legendas.

2ª etapa
Avalie os dados e prepare um roteiro para a visita ao entorno da escola. Selecione fotos, textos e mapas do lugar para montar o caderno de campo, deixando espaços para anotações, desenhos e colagem das fotos feitas na visita. Chame a atenção para a dinâmica da paisagem em diferentes situações (num dia frio, ensolarado etc.). Faça uma oficina preparatória antes da saída a campo para discutir as formas de registro, como as fotografias.

3ª etapa
No campo, peça que caminhem e observem o lugar. Solicite que representem a observação desenhando a lápis. Sugira que fechem os olhos e atentem para os odores, as sensações táteis e os sons do lugar, que serão descritas e diga que escolham um campo de observação para perceber detalhes, como a topografia, a vegetação e a fauna e, por fim, para fotografar o local escolhido em diferentes planos. O ideal é que façam pelo menos uma entrevista, conforme as oportunidades e os interesses que surgirem. Instrua-os a completar o caderno de campo.

4ª etapa
Divida a turma em duplas. Peça que cada aluno escolha uma das fotos tiradas e explique que ele vai descrevê-la para que seu colega possa desenhá-la. Solicite que sigam os seguintes passos: sobrepor à foto um papel transparente e delimitar seus planos de profundidade; rever as anotações feitas sobre o lugar da foto; refletir sobre a escolha do local e da imagem; e escrever uma carta ao colega explicando suas escolhas. O texto deve descrever a foto com explicações sobre posição dos objetos, formas, cores, localização dos elementos em relação ao leitor (à sua direita, esquerda, acima, abaixo), aos seus planos (primeiro, médio e fundo) e campos (inteiro, parcial, detalhado). Proponha uma discussão sobre os textos.

5ª etapa
Peça que cada estudante pesquise uma foto de paisagem que seja diferente do lugar do entorno estudado e a compare com as demais imagens produzidas por eles. Forme grupos e instrua-os a montar um quadro comparativo sobre as diferenças que encontraram entre os outros locais e o da escola. Faça uma roda para que eles apresentem seus quadros. Em seguida, ajude-os a decidir como e qual seria um lugar contrastante com o entorno da escola.

6ª etapa
Proponha uma nova ida a campo, com coleta de dados de acordo com os critérios de contrastes e ligações afetivas levantados pelos alunos, o que permite estabelecer comparações com a primeira visita de campo.

Avaliação
Solicite a construção de uma composição comparativa entre os lugares usando diferentes linguagens e formas de expressão: textos, imagens, mapas, croquis e avalie o resultado, atentando para a apropriação de conceitos geográficos.

                                                                                                                           (retirado do site da Revista Nova Escola, de autoria de Iara Castellani)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Energia Nuclear

As usinas nucleares um bem ou um mau para a sociedade?

No ocidente, usinas possuem um rigoroso sistema de segurança para evitar contaminação do meio ambiente.

   Um acidente na Usina de Angra dos Reis em maio de 2009 fez os brasileiros relembrarem o eterno fantasma do vazamento em Chernobyl, que ocorreu na Ucrânia em 1986, e levantou a questão: será que esse tipo de usina é seguro? Os especialistas garantem que sim. "Verificando o histórico de operação de usinas ocidentais, é possível constatar que se passaram mais de 50 anos sem acidentes com vítimas fatais. Aqui no Brasil, a usina de Angra 1 já tem 15 anos de operações sem acidentes graves, número bem menor do que o registrado em outras atividades industriais", afirma Edson Kuramoto, diretor da Associação Brasileira de Energia Nuclear. A mesma opinião é compartilhada por Luís Antônio Albiac Terremoto, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), "as pessoas têm essa idéia de que a energia nuclear pode ser perigosa porque não têm idéia do grau de segurança das usinas. Para vazar ao meio ambiente, a radiação precisa passar por seis barreiras. O que aconteceu em Chernobyl é que não haviam várias dessas barreiras e houve uma operação negligente. Mesmo assim, até hoje morreram apenas 45 pessoas em decorrência do acidente", explica o físico.

    Além de ser segura, a energia nuclear ainda tem a vantagem de ser considerada limpa, ou seja, não provoca emissões de gases estufa. Fora isso, a área ocupada por uma usina nuclear é pequena se comparada à quantidade de energia gerada. A quantidade de resíduos gerados também é menor do que em outras atividades industrias. Ou seja, as usinas nucleares são a aposta para o futuro. "Atualmente, os brasileiros consomem apenas 1/3 da energia utilizada em Portugal, por exemplo. Se o Brasil se desenvolver, vai ter que no mínimo duplicar a geração de energia. E isso não é possível só com as usinas hidrelétricas e as usinas nucleares são uma alternativa melhor do que as termoelétricas, que utilizam combustíveis fósseis", afirma Edson Kuramoto. O especialista ainda conta que, segundo o planejamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, até 2030 devem ser construídas entre quatro e oito novas usinas nucleares no Brasil.

    Apesar de todas essas vantagens, quando se fala em energia nuclear, levanta-se duas questões: o que fazer com o lixo nuclear e como garantir que as reservas de urânio não serão esgotadas. O problema da geração de lixo parece já ter sido solucionado. "Todos os dejetos são medidos, colocados em armazenados em repositórios que ficam nas próprias usinas, de forma segura. Sem contar que a produção de dejetos nucleares é muito pequena se comparada à de outras atividades. Não há o menor risco de contaminação do meio ambiente. Para se ter uma referência, alguns gases produzidos por termoelétricas ou por carros permanecem na atmosfera por 800 anos.

    Entretanto nas últimas semanas nos deparamos com uma realidade não tão tranquila, onde muitos governos no mundo já repensam a utilização de usinas nucleares para a produção de energia e voltam seus recursos e preocupações para a produção de energia através de fontes alternativas.
                                                                                                                                       (texto adaptado da matéria publicada na Revista Nova Escola)

    Deste modo, problematize com a sala o tema contextualizando a realidade brasileira e mundial, oportunizando o debate e a construção do conhecimento favorecendo o posicionamento crítico dos alunos sobre o assunto.

    Disponibilizo dois vídeos sobre o tema, sendo o primeiro uma abordagem sobre o funcionamento de uma usina nuclear e o segundo uma reportagem do progama Fantástico da Rede Globo que contempla uma visita a Chernobyl em 2001.