Este blog tem por finalidade promover a discussão, troca de experiências e suporte para os professores de Geografia da Rede Municipal de São Vicente e demais interessados.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Noções de Alfabetização Cartográfica

Oficina:  “O caminho”

Material:
Folha de papel ofício, lápis colorido, lápis preto e borracha.

Dinâmica:
Os alunos levam a tarefa de observar o caminho que fazem de suas casas para a escola.
E desenhar o caminho percorrido.
Ao professor cabe o papel de contextualizar a tarefa.
Indagando:
 - o endereço de cada aluno, de onde vem, onde mora (bairro, rua, número, etc);
 - pontos de referência (locais de destaque que sirvam para localizar as pessoas);
 - verificar se no caminho da casa para a escola, quais elementos foram vistos primeiro e quais estão próximos uns dos outros (posicionamento/vizinhança);

Reflexão:
Nesta atividade o aluno trabalha com a construção das Relações Topológicas: antes, depois, entre, vizinhança, etc. Com as relações Projetivas: direita e esquerda e com reversibilidade corporal. E tenta iniciar a abstração de escalas nas relações de proporção e razão provenientes das Relações Euclidianas.

Aproveitando a oportunidade, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!!!!
As postagens voltam em 2011, com muito mais novidades e possibilidades de se pensar a Geografia em sala de aula.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OFICINA - Leitura e interpretação de mapas


Objetivos Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e baseada em símbolos, códigos e convenções próprios. Ler, analisar e interpretar em diferentes escalas em um mapa. Elaborar um texto síntese sobre o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações 
Material necessário Jornais, revistas, livros didáticos, atlas geográfico e acesso à Biblioteca e ao Laboratório de Informática da escola.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que os estudantes façam uma análise das representações cartográficas apresentadas em jornais, revistas, portais da internet, livros escolares e outros veículos de comunicação. Para isso, divida a turma em pequenos grupos, entregue a eles algumas revistas e jornais e peça que pesquisem, coletem, selecionem e organizem os mapas encontrados, anotando tema, título, fonte, nome e data de publicação. Em seguida, promova uma conversa com a turma sobre o que sabem a respeito dos elementos centrais que devem estar presentes nos mapas e peça que analisem a adequação dos elementos da linguagem cartográfica apresentados em cada mapa selecionado.

2ª etapa Com base nos resultados, amplie as informações destacando que a cartografia é uma linguagem com símbolos, códigos e convenções. Por ser uma linguagem visual e universal, é desejável que um mapa possa ser lido e interpretado por qualquer pessoa, independente de onde esteja.

Pergunte à turma quais são os elementos centrais que não podem faltar em um mapa. Eles devem pontuar: título, legenda, escala cartográfica, o Norte, toponímia, projeção, coordenadas geográficas e símbolos e referências gráficas. Explique que é indispensável que o mapa contenha as fontes anotadas de forma completa, incluindo as pesquisas das bases de dados. Ressalte também que as representações podem ser dispostas em pontos, linhas e áreas e organizadas para mostrar relações entre fenômenos como diversidade, ordem e proporcionalidade.

Para possibilitar a leitura, o mapa deve conter a identificação clara do significado dos símbolos e cores adotados na representação. É importante também que não estejam muito carregados, com excesso de informações que comprometam a apreensão visual. O mais indicado, nesses casos, é que o tema seja apresentado em uma coleção de mapas.

3ª etapa
Se necessário, faça um rápido exercício de verificação dos elementos estruturais de um mapa em atlas geográficos e livros escolares. Em seguida, proponha que cada grupo examine com atenção um dos mapas recolhidos na primeira aula. Peça que identifiquem e discutam situações em que os mapas devem ser completados – ou até mesmo corrigidos – e elaborem um quadro com essas observações, justificando-as a partir de premissas da linguagem cartográfica. Com base nos resultados, solicite que cada grupo apresente aos demais as correções que faria em cada mapa.

4ª etapa Promova uma roda de conversa para debater e estabelecer conclusões sobre o trabalho realizado. Peça que anotem as principais conclusões e proponha a elaboração de uma dissertação individual sobre o tema. Nela, cada estudante deverá discutir o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações e compreensão de temas por diferentes públicos. Para enriquecer os trabalhos, é recomendável a inserção de plantas, cartas e mapas e outras representações gráficas.

Avaliação
Considere a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Da mesma forma, verifique a correção conceitual, a clareza e organização dos textos, assim como da exposição dos resultados dos trabalhos. Na dissertação, leve em conta o modo como apresentaram e discutiram os processos e visões acerca do tema, bem como a correta apresentação e utilização das bases de dados, noções e conceitos cartográficos analisados. Reserve um tempo para que as turmas avaliem o trabalho realizado.

Consultoria Roberto Giansanti
geógrafo, autor de livros didáticos e consultor educacional

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

OFICINA

“ORIENTAÇÃO”


Material: quadrado de papel pardo, giz colorido, bússola, rosa dos ventos e fita crepe.

Dinâmica: organizar os alunos em trios e levá-los ao pátio do colégio ou em alguma região que bata sol.

-> Um dos alunos fixa o papel pardo no chão e se dirige ao centro do papel.
-> Outro aluno faz um risco de giz onde se dirige à sombra do aluno que está no centro. Com outra cor de giz é realizado um risco contrário ao da sombra.
-> Após este primeiro momento, o professor trabalha a posição dos alunos em relação ao Sol.

Fazendo os seguinte questionamentos:
O que se encontra no sentido da sombra, com relação ao “Joãozinho”?
Se caminhássemos no sentido do Sol, que parte do colégio encontraríamos?

-> Assim aos poucos o professor desafia os alunos quanto a posição do Sol (nascer e pôr-do-sol). E trabalha posteriormente as nomenclaturas Leste/Oeste e Norte/Sul.
-> Com a participação dos alunos produzam uma rosa-dos-ventos e com o auxílio de uma bússola comecem a criar situações de localização e orientação na sala e na escola.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Atividade lúdica para Albetização Cartográfica - II

"MAQUETE"



Material: base para a maquete (papelão, madeira, etc.), sucata de tamanhos variados, cola, tesoura, canetas coloridas, papel colorido, argila, tintas, jornais e material de limpeza.

Dinâmica: a maquete representa a aplicabilidade de todas as oficinas anteriores.

Este trabalho consiste de etapas que devem ser estruturadas com a participação direta dos alunos.

1ª- Contextualização
É a escolha e apresentação do espaço a ser representado na maquete.


2ª- Projeto
Os alunos farão um projeto em uma folha de ofício distribuindo os elementos da maquete.


3ª- Construção
Com o projeto e as sucatas os alunos começam a construir a maquete. Na construção a participação do professor é imprescindível.


4ª- Problematização
Os alunos devem vivenciar a maquete e textualizar a sua representação. Estabelecer as relações do bidimensional (projeto) com o tridimensional (maquete).

Atividade lúdica para Alfabetização Cartográfica - I

“Visão de Mundo”

  • Material: papel, lápis e objetos com formas simples para alunos mais novos e objetos com formas mais complexas para alunos de mais idade.
  • Dinâmica: apresentamos objetos aos alunos da turma, retiramos alguns alunos da sala e apresentamos objetos diferentes.


As instruções para realizar a atividade são:
- Observar o objeto sob diversos ângulos;
- dobrar o papel pelo meio;
- desenhar em uma dos lados o objeto visto de frente, se possível com profundidade;
- colocar o objeto no chão e desenhá-lo no outro lado do papel, vendo-o de cima, na visão vertical.
Reflexão: o trabalho permite ao aluno perceber que as diferentes representações de um mesmo objeto dependem da maneira como enxergamos.
Essa capacidade de percepção dos objetos está relacionada ao desenvolvimento de quem o observa.
Trabalha-se aqui a mudança do referencial em um mesmo objeto.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

OFICINA: “(Re)Descrevendo o Espaço”

Material: lápis colorido, papel ofício, papel transparente e cola.

Dinâmica: o professor estimula os alunos a pesquisarem com seus familiares e em fotos antigas como eram os espaços a muitos anos atrás (o professor pode dramatizar e auxiliar na pesquisa).

Após a pesquisa ou dramatização, os alunos são levados a analisar:
- Como era e como está o local que pesquisaram;
- Contextualizar o significado destas mudanças.

Findado este processo, os alunos desenham esse espaço ou parte dele em uma folha de papel ofício. Nesse desenho será representado o “antes”. Após o desenho inicial, os alunos desenham a representação atual do espaço no papel transparente.
Com os dois desenhos prontos, eles sobrepõem o papel transparente no papel ofício colando apenas as bordas superiores.

-> Nesta oficina conseguimos analisar as condições dos alunos em relacionar as questões da construção do espaço aos elementos temporais.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O nazismo e a perseguição aos judeus

Análise da perseguição aos Judeus através do filme “O Pianista”

Um dos fatos mais cruéis da história da humanidade foi a perseguição dos nazistas aos judeus, promovendo vários assassinatos e pânico sobre essa população que era um dos alvos para o estabelecimento da “raça pura”. Abordar esse tema em sala de aula permite debater a ideologia nazista, visto que ela foi remodelada e, atualmente, é seguida pelos chamados neonazistas.

A utilização de recursos audiovisuais, se bem selecionados, auxilia bastante no processo de ensino e de aprendizagem. Nesse sentido, ao trabalhar assuntos relacionados à Segunda Guerra Mundial, nazismo, entre outros temas pertinentes, indico a utilização do filme “O Pianista”, que pode ser encontrado em DVD.

Esse filme é baseado na história real de Wladyslaw Szpilman, sobrevivente da perseguição dos nazistas aos judeus. O protagonista é um pianista judeu-polonês que interpreta peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando iniciam as restrições impostas pelos nazistas, como, por exemplo, a utilização de uma faixa no braço indicando quem era judeu, além do confinamento geográfico em uma área vigiada e cercada por muros, que deu origem ao Gueto de Varsóvia.

O Pianista é um relato que se desenvolve durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), no qual Wladyslaw Szpilman, numa forma desesperada de sobrevivência à perseguição nazista, se esconde em diversos prédios abandonados pela cidade devastada até que o conflito chegue ao fim.

Após o filme, solicite a produção de um trabalho abordando o período em que ocorreu a Segunda Guerra Mundial, os principais países integrantes desse conflito, além de destacar as consequências da perseguição aos judeus. Caso os alunos queiram se interar mais sobre o tema, indique leituras de livros específicos e filmes como: “A lista de Schindler”, “A escolha de Sofia” e “A vida é bela”.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A abordagem do IDH brasileiro

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma média obtida para se estabelecer o padrão de vida de um determinado lugar. Esse tema é bastante comum nos meios de comunicação, no entanto, muitos desconhecem os critérios utilizados para se calculá-lo. Nesse sentido, a escola se torna o ambiente ideal para uma abordagem crítica desse indicador social.

Inicie o conteúdo explicando que o IDH é um indicador de desenvolvimento social que foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em seguida, elucide que a média varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o IDH de um determinado lugar. Posteriormente, demonstre a metodologia utilizada na análise dos três critérios elementares para a obtenção da média de IDH: Produto Interno Bruto (PIB) per capita, escolaridade e nível de saúde.

Após a abordagem metodológica, cite a média de IDH do Brasil (0,813) e a sua posição no ranking mundial (75° lugar). Essa média é considerada alta pela ONU. Porém, é preciso esclarecer que o país apresenta vários problemas de ordem socioeconômica, havendo grandes disparidades no território nacional. Para comprovar essa afirmação, forme grupos (até três pessoas) e mostre o ranking de IDH dos estados brasileiros.


1° Distrito Federal: 0,874 (Centro-Oeste).
2° Santa Catarina: 0,840 (Sul).
3° São Paulo: 0,833 (Sudeste).
4° Rio de Janeiro: 0,832 (Sudeste).
5° Rio Grande do Sul: 0,832 (Sul).
6° Paraná: 0,820 (Sul).
7° Espírito Santo: 0,802 (Sudeste).
8° Mato Grosso do Sul: 0,802 (Centro-Oeste).
9° Goiás: 0,800 (Centro-Oeste).
10° Minas Gerais: 0,800 (Sudeste).
11° Mato Grosso: 0,796 (Centro-Oeste).
12° Amapá: 0,780 (Norte).
13° Amazonas: 0,780 (Norte).
14° Rondônia: 0,756 (Norte).
15° Tocantins: 0,756 (Norte).
16° Pará: 0,755 (Norte).
17° Acre: 0,751 (Norte).
18° Roraima: 0,750 (Norte).
19° Bahia: 0,742 (Nordeste).
20° Sergipe: 0,742 (Nordeste).
21° Rio Grande do Norte: 0,738 (Nordeste)
22° Ceará: 0,723 (Nordeste).
23° Pernambuco: 0,718 (Nordeste).
24° Paraíba: 0,718 (Nordeste).
25° Piauí: 0,703 (Nordeste).
26° Maranhão – 0,683 (Nordeste).
27° Alagoas – 0,677 (Nordeste).

Através da análise do ranking nacional de IDH podemos detectar as desigualdades entre as Regiões do Brasil, onde o Sul e o Sudeste ocupam as primeiras posições; e as últimas são ocupadas exclusivamente por unidades federativas do Nordeste. É preciso destacar que existem bolsões de pobreza em todos os estados e, apesar de Santa Catarina, por exemplo, apresentar a segunda melhor média, isso não quer dizer que esse estado esteja totalmente isento de problemas socioeconômicos; ou que em Alagoas (último colocado) não existam pessoas com alto poder aquisitivo. Nesse momento, elucide que durante o cálculo do IDH ocorre a obtenção de uma média, desprezando, portanto, as particularidades, havendo a homogeneização dos habitantes.

Com o intuito de despertar o senso crítico dos estudantes, propomos a análise da tira elaborada por LILA (obtida em:
www.panoramablogmario.blogger.com.br/IDH_lila.jpg):

Solicite a realização de um debate questionando os critérios utilizados para o cálculo do IDH, a média brasileira, as disparidades socioeconômicas entre os estados do Brasil, além da tirinha, em que é possível explorar a pobreza no país, a desigualdade social, a exclusão e a grande quantidade de impostos cobrados.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A abordagem do Oriente Médio


O Oriente Médio é uma subdivisão do continente asiático. Essa região possui extensão territorial de mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, com população estimada de 260 milhões de habitantes. É composta por 15 países: Arábia Saudita, Bahrain, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.

Ao abordar essa área do planeta, é imprescindível a utilização do mapa-múndi, pois é através dele que os alunos terão a noção exata da localização e os países integrantes do Oriente Médio. Pergunte aos estudantes o que eles conhecem dessa porção terrestre. Provavelmente eles irão responder sobre os conflitos e a produção de petróleo. Aproveite esse momento para abordar as guerras no Oriente Médio, destacando o conflito árabe-israelense.

Elucide que esse subcontinente é o berço das três principais religiões monoteístas: o Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo. Destaque que a cidade de Jerusalém é um local sagrado para essas três religiões. Sua importância para o Islamismo se deve por ela abrigar o Domo da Rocha (de onde Maomé subiu aos céus); Cristianismo: Igreja do Santo Sepulcro (local tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus Cristo); Judaísmo – Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos.

Em seguida, explique que essa diversidade religiosa é um dos principais motivos para o desencadeamento de conflitos na região. Aborde outros fatores agravantes, tais como: a dependência de água de países vizinhos; lutas por territórios com recursos minerais, sobretudo o petróleo; situação no contexto geopolítico mundial; formação inadequada de fronteiras. Destaque as guerras provocadas pela instalação do Estado judeu de Israel, enfatizando os conflitos com os palestinos.

Após essa contextualização, proponha a formação de grupos (até 4 pessoas) e entregue um mapa do Oriente Médio (sem a identificação dos países) para cada equipe.
Cada grupo deverá realizar uma abordagem do Oriente Médio, pesquisando os aspectos físicos, sociais, culturais, religiosos, econômicos (principalmente a produção de petróleo), conflitos, a cidade de Jerusalém, entre outros elementos pertinentes.

A pesquisa deve ser entregue juntamente com o mapa do Oriente Médio pintado e com a identificação de cada país.


Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A utilização de mapas no ensino de Geografia

A incidência de casos de analfabetismo geográfico é facilmente notada, isso quer dizer que muitas pessoas não sabem se orientar, não tem noção das direções leste, oeste, norte e sul, além disso, não conseguem situar-se em nível regional ou global.

Esse problema está ligado especificamente à Geografia, uma vez que essa ciência é a que mais usa a cartografia e deve oferecer possibilidades de aprendizagem no estudo de mapas. Cartografia é uma ferramenta freqüentemente usada na Geografia, é de grande valia no estudo de diversos temas, tais como vegetação, clima, relevo ou qualquer assunto relacionado às questões ambientais, além de abordar a realidade humana com todas as suas relações.

A partir da observação de mapas é possível instituir comparações, conhecer dados e realidades inerentes a um determinado assunto, em um mapa pode ser desenvolvida uma leitura ou a interpretação dos dados contidos no mesmo, extraindo localização, escala, fonte, legenda, o que possibilita a estruturação de um conceito abrangente sobre um tema.

O uso do mapa deve fazer parte de todas as aulas de Geografia, para que assim o aluno tenha contato diário com a cartografia e suas produções. O aprendizado nesse contexto pode ter início ainda nas primeiras séries de estudo, logicamente com uma abordagem coerente com a idade promovida através de jogos e brincadeiras.

Entretanto cabe ao professor o papel de refletir a respeito do desenvolvimento cognitivo de seus alunos e se diagnosticar problemas iniciar as atividades com mapas pelo processo de Alfabetização Cartográfica, que segundo Maria Helena Simieli: “Consiste no processo de ensino/aprendizagem para que a pessoa consiga compreender todas as informações contidas no mapa”.

“É na escola que os conceitos cartográficos devem ser ensinados”.

Sendo a escola o espaço em que o indivíduo é alfabetizado e aprende os cálculos aritméticos, é, portanto, nesse espaço que deve-se dar o ensino da Cartografia, para que assim possamos formar indivíduos que tenham pleno domínio do espaço em que vivem e dessa forma, poder agir transformando-o de forma crítica e consciente.

Deste modo, é de suma importância o trabalho do professor de Geografia com os mapas em sala de aula.

Esta semana inicio o meu ciclo de HTPC´s a respeito da temática Alfabetização Cartográfica, aos professores que necessitarem de materiais para oficinas e ideias de práticas, estarei postando ao longo do mês algumas estratégias para trabalhar com os alunos em sala de aula.

sábado, 11 de setembro de 2010

Pesquisa de Campo - Análise de rio poluído


As escolas urbanas, especialmente das grandes cidades, convivem com a presença da poluição (ar, água, visual, sonora, etc.). Os rios que cortam os centros urbanos são bastante poluídos, por isso é bom realizar um trabalho de visitação a esses lugares, de maneira que os alunos percebam de perto os problemas ambientais.

Para a realização desse tipo de trabalho, escolha o rio mais próximo da instituição escolar, crie grupos constituídos por três alunos e coloque os mesmos para identificar a condição ambiental do rio. Para isso, o professor deve disponibilizar um roteiro de questionamento, como por exemplo:

• Localizar o rio ou córrego mais próximo da escola e pesquisar informações acerca da extensão do mesmo e os outros municípios que são cortados por ele.

• Identificar a configuração do regime do rio e a qual bacia hidrográfica ele integra.

• Analisar por meio de mapas o que se encontra nas vertentes do rio, tais como casas, áreas agrícolas, indústrias.

• Verificar como o rio está sendo utilizado (irrigação, abastecimento urbano, lazer, produção de energia elétrica etc.).

• Caminhar às margens do rio e anotar aspectos das condições da cobertura vegetal da mata ciliar, além de enumerar as diversas formas de poluições existentes. Propor possíveis soluções para os problemas.

Para a conclusão do trabalho, fotografe e contextualize todas as informações coletadas na visita e depois compartilhe com a turma.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

Oficina do Meio Ambiente


A escola é um dos locais responsáveis pela formação dos alunos, sendo de fundamental importância abordar assuntos diversificados, tais como: drogas, conhecimentos gerais, violência, meio ambiente, entre outros.

As questões relacionadas ao meio ambiente estão diariamente em pauta nos meios de comunicação, muitas vezes abordadas de forma a responsabilizar os países pela poluição e aquecimento global. No entanto, a preservação ambiental depende da contribuição de todos os cidadãos, havendo a necessidade de uma conscientização ecológica e atitudes individuais para que possamos atingir a preservação ambiental em escala global. Nesse contexto, a escola deve possibilitar espaços para a realização de atividades que promovam a Educação Ambiental.

A Oficina do Meio Ambiente tem como objetivo a implementação de medidas que assegurem a preservação ambiental e conscientização das pessoas. Deverá ser formada por uma equipe multidisciplinar para a estruturação de um ambiente e realização das atividades.

O professor deverá propor atividades com a utilização de revistas, jornais, músicas, vídeos, entre outros recursos didáticos, tendo como objetivo despertar a atenção dos alunos e tornar o processo de ensino-aprendizagem mais interessante. É de fundamental importância ressaltar que os alunos são agentes participativos no processo de preservação do meio ambiente, sendo eles, os responsáveis pela manutenção dos recursos naturais.

Durante as aulas na Oficina do Meio Ambiente, o educador deverá utilizar-se de metodologias que sensibilizem os educados quanto à importância da preservação da natureza; motivar os alunos a participarem ativamente das atividades educativas; organizar campanhas de conscientização ambiental; fazer com que os alunos sejam agentes multiplicadores, entre outras atitudes que pautem pela preservação do meio ambiente.

As atividades realizadas devem ser desenvolvidas com a utilização de reportagens de jornais e revistas que retratem sobre a agressão ao meio ambiente. Apresente o documentário Ilha das Fores (ler o texto – Documentário Ilha das Flores – Brasil Escola) e proponha um debate sobre o mesmo. Trabalhe também com materiais de áudio, explorando durante as aulas, a música Terra- Planeta Água, do cantor e compositor Guilherme Arantes. Promova a coleta seletiva na escola e a construção de objetos através da reutilização de materiais. É muito importante debater com os alunos possíveis atitudes para a preservação ambiental.

Torne a Oficina do Meio Ambiente um local agradável, onde os alunos se sintam à vontade para debaterem e sugerirem atividades que envolvam a Educação Ambiental, pois essa metodologia facilitará o processo de conscientização do educando e do educador.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Geografia através dos filmes

O objetivo desta postagem é apresentar um catálogo de filmes e documentários que abordam preferencialmente assuntos referentes à Geografia e que sirvam como ferramenta de trabalho para o professor trabalhar alguns conteúdos.
Dicas da Editora Moderna

Geografia – Unidade I

5ª série (6º ano)

De volta para o futuro.
•Direção: Robert Zemeckis. Estados Unidos: CIC Vídeo, 1985.
Um garoto viaja no tempo, voltando ao ano de 1955. Nesse filme, é possível perceber as transformações no espaço geográfico de uma cidade.


6ª série (7º ano)

•Central do Brasil.
•Direção: Walter Salles. Brasil: Videofilmes, 1998
O filme relata a história de Dora, uma mulher que escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve surge um Brasil desconhecido e fascinante um verdadeiro panorama da população migrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado.


7ª série (8º ano)

O dia seguinte (The day after).
•Direção: Nicholas Meyer. EUA: Columbia, 1983.
O filme mostra as conseqüências de uma provável guerra nuclear entre as duas superpotências.


8 ª série (9º ano)

•O que é isso companheiro?
•Direção: Bruno Barreto. Brasil: Miramax Films/Riofilmes, 1997.
O filme retrata o período da ditadura militar, em que alguns estudantes optam pela luta armada. Em 1969 militantes do MR-8 seqüestram o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, exigem a liberação de prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.


Seguem outros títulos:

- O Grande Ditador (sobre Hitler) – EUA
- Traffic (sobre o tráfico de drogas para os EUA) – EUA
- Maria Cheia de Graça (sobre “mulas” (transportadores de drogas)) – EUA
- Diamante de Sangue (sobre os conflitos em Serra Leoa) – EUA
- Obrigado por Fumar (sobre os discursos ideológicos (Indústria do cigarro)) - EUA
- Um dia de Fúria (sobre as neuroses urbanas) – EUA
- Babel (uma análise sobre as inconseqüências da lógica globalizante) - EUA
- Tempos Modernos (sobre a Revolução Industrial Inglesa) - EUA
- 1984 (de George Orwell sobre condicionamento/liberdade vigiada) – EUA
- Blade Runner – O Caçador de Andróides (sobre a tecnocracia numa visão futurista) – EUA
- Fahrenheit – 11 de Setembro (sobre a geopolítica americana) – EUA
- Syriana - A Indústria do Petróleo (sobre conspirações, máfias e as ações da CIA, visão do Oriente Médio, religião, terrorismo, conflitos e acordos políticos) – EUA
- Boa Noite, Boa Sorte (sobre o Macarthismo e a televisão) - EUA
- Doutor Fantástico (sobre a síndrome do medo durante a Guerra Fria) – EUA
- Terra de Cego (metáfora sobre governantes ditadores) - EUA
- Gangues de Nova Iorque (sobre o funcionamento de uma máfia) - EUA
- JFK (sobre conspiração e morte de John Kennedy) - EUA
- Cidadão Kohl (sobre o Macarthismo) – EUA
- Tiros em Columbine (sobre a sociedade americana) - EUA
- Sarafina (sobre o Apartheid) - EUA
- O Poder de um Jovem (sobre o Apartheid) – EUA
- Um Grito de Liberdade (sobre o Apartheid) - EUA
- Wall Street (sobre Bolsa de Valores) – EUA
- Missing (sobre o golpe militar na Argentina) - EUA
- O Poderoso Chefão (sobre a formação das máfias) – trilogia – EUA
- Apocalipse Now (sobre a Guerra do Vietnã) - EUA
- Nascido em 4 de julho (sobre a guerra do Vietnã) – EUA
- Platoon (sobre a Guerra do Vietnã) - EUA
- Cruz de Ferro (sobre a ética do soldado alemão durante a Segunda Guerra Mundial) - EUA
- Stálin (sobre a carnificina promovida por este líder soviético (1924-53)) - EUA
- El salvador; O Martírio de um Povo (sobre intervenção americana na América Central) – EUA
- Gritos do Silêncio (sobre a ditadura cambojana ( Khmer Vermelho)) – EUA
- Super Size Me (sobre a cultura fast foods, particularmente Mc Donalds) - EUA
- Malcolm X (sobre o racismo nos EUA) – EUA
- Amistad (sobre racismo e prenúncio da Guerra de Secessão americana) – EUA
- Gerônimo (sobre o massacre de índios nos EUA) – EUA
- O Pequeno Grande Homem (sobre o massacre de índios americanos) – EUA
- Dança com Lobos (sobre o encontro de culturas nos EUA (Branco e Índio)) – EUA
- As Sandálias do Pescador (sobre o funcionamento do banco do Vaticano) - EUA
- Uma outra História Americana (sobre o neonazismo) – EUA
- À Espera de um Milagre (sobre pena de morte e leis americanas) - EUA
- Beleza Americana (sobre a hipocrisia na sociedade americana) – EUA
- Crash – No Limite (sobre os descaminhos do racismo) - EUA
- Clube da Felicidade e da Sorte (sobre revolução cultural chinesa) – EUA
- A Casa dos Espíritos (sobre a ditadura chilena) – EUA
- Cidadão Kane (sobre o poder da Mídia) – EUA
- Assassinos por Natureza (sobre o sensacionalismo da mídia) - EUA
- 15 Minutos (sobre a mídia americana) – EUA
- A Insustentável Leveza do Ser (sobre a Primavera de Praga (Tchecoslováquia)) - EUA
- O Último Imperador (sobre a evolução política, econômica e social chinesa) – EUA
- O Terminal (sobre Burocracia, envolvendo migrações nos EUA) - EUA
- A Vida de David Gale (sobre pena de morte) – EUA
- Doutor Jivago (sobre a Revolução Russa) – EUA
- Corporations (sobre o domínio mundial das grandes empresas) - EUA
- Declínio do Império Americano (sobre o papel dos intelectuais (dentre outras coisas)) – Canadá - Invasões Bárbaras (sobre valores e neoliberalismo (continuação do filme anterior)) – Canadá
- Assunto de Meninas (sobre estereotipia) - Canadá
- A Batalha de Stalingrado (sobre a invasão alemã na ex-URSS durante a Segunda
Guerra Mundial) – Alemanha
- Cabeça de Turco (sobre o neonazismo alemão) - Alemanha
- A Arquitetura da Destruição (sobre a propaganda Hitlerista) – Alemanha
- Gorilas Dormem ao Meio Dia (sobre a queda do muro de Berlim) – Alemanha
- Adeus Lênin (sobre a queda do muro de Berlim e o mundo pós Guerra Fria) – Alemanha
- Berlim-Jerusalém (sobre a formação dos Kibutz) – Alemanha
- Sobre minha Terra a respeito da R.S.A pós-Apartheid – Inglaterra-Irlanda-R.S.A.
- Lawrence das Arábias sobre o colonialismo britânico - Inglaterra
- Os Miseráveis sobre a Revolução Industrial inglesa – Inglaterra
- Hotel Ruanda (sobre os massacres em Ruanda e o processo de indepedência da África) - EUA
- V de Vingança (uma boa metáfora à Era Bush Jr.) - Inglaterra
- O Jardineiro Fiel (sobre o poder das indústrias farmacêuticas na África) - Inglaterra
- A Procura das Montanhas da Lua (sobre o neocolonialismo europeu) – Inglaterra
- Laranja Mecânica (sobre Behaviorismo, Estado e relações de poder) – Inglaterra
- A vida de Brian (comédia sobre o judaísmo) – Inglaterra
- Em Nome do Pai (sobre o IRA) - Inglaterra
- Queimada (sobre o imperialismo na América) – Inglaterra
- Sunshine (sobre a Hungria, desde o Fascismo até a queda do comunismo) – Inglaterra
- O Último Rei da Escócia (sobre o ditador de Uganda (Idi Amin)) - Inglaterra
- O Labirinto de Fauno (sobre a Guerra Civil Espanhola) – Espanha.
- Diários de Motocicleta (sobre a miséria na América Latina/ trabalha os aspectos físicos) – Espanha
- Mar Adentro (sobre a eutanásia) - Espanha.
- A Vida é um Milagre (sobre a guerra da Bósnia) - França
- Chove sobre Santiago (golpe militar no Chile) – França
- Cinema Paradiso (sobre identidade e migração, envolvendo raízes) – Itália
- A História Oficial (sobre o golpe militar na Argentina) – Argentina
- O Encouraçado Potemkim (prenúncio da Revolução Russa) - Rússia
- Um Samurai ao Entardecer (sobre a decadência da Era dos Samurais, prenúncio da
Era Meiji) – Japão.
- Viva Zapata (sobre a revolução mexicana) – México
- Amazônia em Chamas (sobre a vida de Chico Mendes) – Brasil-EUA
- O Homem que Virou Suco (sobre migrações nordestinas em S.P.) - Brasil
- Para Frente Brasil (sobre a ditadura militar no Brasil) - Brasil
- Gaijin (sobre a migração japonesa no Brasil) - Brasil
- Memórias do Cárcere (sobre Getulismo) - Brasil
- Ilha das Flores (sobre a miséria) – Brasil
- Pixote (sobre a vida de alguns grupos marginalizados) – Brasil
- Quanto Vale ou é por Peso? (sobre a corrupção e a hipocrisia na sociedade brasileira) –
Brasil.

Que fique claro: os títulos são apenas sugestões e o professor ao planejar sua aula, tem a liberdade de trabalhar o filme ou os trecho de um filme que achar pertinente para ilustrar o conteúdo a ser desenvolvido com os alunos.

Importante: Alguns dos títulos citados acima são encontrados apenas em locadoras especializadas. Esses filmes podem ser encontrados na produtora cultural e vídeo-locadora
2001, localizada à Av. Paulista, 726, próximo ao metrô Brigadeiro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Biodigestores

Biodigestor anaeróbico é um equipamento usado para a produção de biogás, uma mistura de gases – principalmente metano - produzida por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio). Um biodigestor nada mais é que um reator químico em que as reações químicas têm origem biológica.

Aplicações:
  • O AIDG (Appropriate Infrastructure Development Group), através da educação e do desenvolvimento de negócios, promove o uso de tecnologias sustentáveis que melhoram a qualidade de vida em países em desenvolvimento. O grupo tem identificados diversas tecnologias sustentáveis que podem ser feitas localmente, com “eco-engenherios” locais. Uma das tecnologias que o AIDG está promovendo na Guatemala é o uso de Biodigestores.
    Os biodigestores fazem uso da energia que está naturalmente presente nos resíduos gerados por animais e lixo doméstico. Quando esses produtos se degradam, eles geram metano, um poderos gás que pode ser aproveitado para a geração de energia. Os biodigestores capturam o metano antes que ele se torne um problema e o armazena para posterior aproveitamento, como o uso em aquecimento de ambientes ou como gás de cozinha.
    Desta forma, os biodigestores podem ser um substituto sustentável ao propano, ao querosene e à madeira. Para aquelas famílias que necessitam comprar seu combustível, o digestor pode significar uma economia de centenas de dólares todo ano. Além disso, o biodigestor é também uma fonte de fertilizante orgânico de alta qualidade. Bactérias causadoras de doenças, como a E. Coli, são mortas dentro do digestor.
    A introdução desta tecnologia simples reduz o impacto sobre as florestas naturais, produz fertilizante gratuito de ótima qualidade, reduz mortes de recém-nascidos devido a E. Coli, melhora a saúde e ainda economiza dinheiro.

  • É muito usado em lugares que possuem grande quantidade de matéria orgânica, como esterco de animais, lixo orgânico ou dejetos humanos. A China possuía, na década de 70, mais de 7 milhões em funcionamento. Hoje são muitos mais, e dão uma grande contribuição para o saneamento daquele país, e na produção de alimentos e de energia.
    O seu uso gera inúmeras vantagens econômicas e ambientais, não só como tratamento seguro de esgoto, mas também na produção de biogás, que pode ser usado para iluminar ou cozinhar. Além disso, se adequadamente tratado, resulta em um efluente que pode ser usado como fertilizante líquido de grande valor orgânico.
    O Instituto Ambiental e a EcoFocus desenvolvem e implantam conjuntamente projetos de Biodigestores, unindo a vasta experiência daquele no desenvolvimento desses sistema no Brasil e no mundo, e conhecimento desta em soluções ambientais integradas.


    O vídeo abaixo apresenta a aplicação dos biodigestores no Brasil, foi retirado do programa Cidade e Soluções do canal GloboNews.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"A cartografia dos deslocamentos da família para o trabalho".

Uma abordagem significativa dos meios de transporte pode começar pelo estudo dos deslocamentos familiares. Neste plano de aula, destaca-se o tema a cartografia dos deslocamentos para o trabalho. Esse trabalho que envolve essencialmente sala de aula e levantamento de informações com familiares, pode ser feito no segundo bimestre, quando os alunos já estão mais integrados e a rotina de estudo está mais organizada.

Objetivos
- Desenvolver a leitura espacial, por meio da linguagem cartográfica.
- Utilizar os procedimentos de leitura e escrita de textos e mapas como forma de registro dos estudos em Geografia.
- Refletir e questionar fatos estudados em Geografia.
- Buscar e organizar informações em textos, tabelas e representações gráficas.

Material necessário
- Mapas e guias de rua;
- Cartolina;
- Papel almaço para rascunho;
- Lápis colorido;
- Papel transparente para croqui;
- Atlas Geográfico.

Desenvolvimento
Parte 1 - Apresentando o assunto.
Organize a turma em uma roda de conversa questionando-os sobre os deslocamentos do dia-a-dia em sua familia. Quais são as rotinas da familia num dia de semana, no final de semana, em dias de chuva, em dias normais.

Reúna os alunos em grupos e oriente-os para que troquem informações sobre as profissões de seus pais ou adultos com quem convivem e sobre os caminhos e meios de transporte que utilizam para o trabalho. Peça para que um aluno de cada grupo faça o registro escrito das informações, anotando o tipo de transporte (se de ônibus, bicicleta, automóvel ou a pé), os horários de saída e de chegada em casa, a estimativa das distâncias percorridas etc.

Peça que cada grupo exponha oralmente para a classe uma síntese da conversa. Durante a apresentação, procure comentar sobre o papel dos meios de transporte na vida das pessoas: necessidades e problemas que temos em nossos deslocamentos cotidianos.

Parte 2 - Vivência com guias e mapas.
Solicite aos alunos que tragam guias de ruas para serem manuseados em sala de aula (ou disponibilize para eles). Este material pode ser encontrado em bibliotecas, listas telefônicas ou bancas de jornais. Outra opção é produzir na classe um croqui com os nomes de ruas do bairro.

Solicite que os alunos organizados em grupos observem como os mapas estão organizados e simule um trajeto para contextualizar a observação do material.

Com um mapa de ruas da cidade e um roteiro de entrevista, cada aluno irá entrevistar seus familiares sobre os meios de transporte e seu deslocamento para o trabalho. Eles deverão registrar o deslocamento no mapa e, se possível, também em papel transparente, para que possam apresentar para o restante da classe. Podem usar em seus mapas e croquis a legenda de linhas e cores diferentes para identificar o trajeto de cada membro da família. A produção de mapas dos deslocamentos cotidianos pode ser muito útil para problematizar identificar e explicar como são os diferentes tipos de transporte no espaço urbano, tais como automóvel, metro, ônibus, caminhões, até um simples elevador.

Em sala de aula, os mapeamentos devem ser expostos em forma de painéis. Retome os questionamentos propostos na primeira conversa, ampliando as questões de forma a levar os aluno a refletirem sobre o tipo de transporte mais utilizado pelos familiares da turma: as distâncias percorridas; a eficiência dos meios de transporte; a localização dos diferentes tipos de trabalho e os locais de moradia.

Cada aluno deve escrever um texto pessoal com as suas conclusões sobre o papel dos meios de transportes na vida das pessoas: importância e problemas. Algumas produções devem ser lidas para a turma.

Sugestões para a continuidade do trabalho
Com base nessas primeiras atividades, defina junto com os alunos um caminho para novos estudos sobre deslocamentos. Veja alguns temas que podem ser abordados em seguida:

- A importância e o significado das malhas e o sistema viário das cidades. .
- Transportes coletivos no bairro ou na cidade: problemas e soluções.
- Os diferentes deslocamentos nos dias de trabalho e nos finais de semana.
- A Sobreposição de mapas e síntese de deslocamentos de uma família e o planejamento dos deslocamentos.
- Os transportes coletivos e as mudanças na paisagem urbana.
- A estrutura viária da cidade (rodoviárias, aeroportos, ferrovias...).
- Os Deslocamentos na história familiar: do lugar onde nasci para o lugar onde vivo hoje. Produção de mapas de deslocamentos históricos da família.
- Pesquisa da trajetória dos alimentos que são vendidos na feira ou no supermercado.

Avaliação
Propor uma avaliação por instrumentos diversificados, na qual se observe o desempenho do aluno em atividades coletivas e individuais, tais como produção de textos sobre o tema, produção visual de croquis e mapas de deslocamento, pesquisa e organização das informações. Além disso, preste atenção em aspectos como a cooperação no trabalho em grupo, a performance na apresentação oral e a capacidade de discutir um assunto e defender uma idéia.


Atividade extraída e adaptada do site da Revista Nova Escola.

Os desafios do Pré-Sal

O que é a camada pré-sal?

O pré-sal é uma camada de petróleo localizada em grandes profundidades, sob as águas oceânicas, abaixo de uma espessa camada de sal. No final de 2007, foi encontrada uma extensa reserva de petróleo e gás natural nessa camada, em uma faixa que se estende por 800km entre o Espírito Santo e Santa Catarina. Ainda não existem números concretos sobre quanto óleo realmente existe na região, mas a ministra Dilma Roussef chegou a afirmar que, com a exploração do pré-sal, o Brasil poderia se tornar exportador de petróleo. Já René Rodrigues, professor da Faculdade de Geologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), não é tão otimista, mas admite que há um grande potencial de exploração. "Só há estimativas, mas acredito que, pelo que já se sabe, as reservas brasileiras de petróleo devem ao menos duplicar", afirma. Com tanta empolgação, o governo Lula elabora novas regras para a exploração do petróleo no pré-sal.

O professor René Rodrigues explica que o petróleo do pré-sal só foi encontrado agora porque os esforços estavam concentrados em explorar a camada pós-sal, menos profunda e portanto mais acessível e barata. Porém, mesmo o petróleo acumulado acima da espessa camada de sal também tem origem no pré-sal. "O petróleo pode se formar no pré-sal e ficar preso. Em alguns casos, o sal escorrega e abre passagem para o óleo, que se acumula nas rochas do pós-sal. É o que acontece na Bacia de Campos (RJ), por exemplo", explica. Quando esse petróleo encontrado no pós-sal começou a escassear é que se iniciaram as prospecções na camada pré-sal. Apesar da origem comum, o petróleo que continua confinado e é extraído diretamente do pré-sal tem vantagens em relação ao encontrado a pequenas profundidades. No pós-sal, o óleo pode ser atacado por bactérias, que podem estragá-lo. Essas bactérias consomem a parte leve do petróleo, mais nobre e a partir da qual se extraem a gasolina e o diesel. "No pré-sal, como a profundidade é maior, o óleo fica a uma temperatura acima de 80ºC, o que o esteriliza e preserva sua qualidade", conta René Rodrigues. O especialista ainda explica que, apesar de custar pelo menos o dobro do preço para construir poços que perfurem a grandes profundidades, o óleo retirado dessa camada tem um valor maior no mercado.

Perfurações exigem alta tecnologia e conhecimento do ambiente.
Conheça através do infográfico abaixo como se organiza a estrutura para a exploração do pré-sal.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Oficina sobre a Copa do Mundo

"COPA DO MUNDO 2010 - TODOS PELA ÁFRICA"

JUSTIFICATIVA
O futebol é uma das práticas culturais (esportivas) mais difundidas em âmbito nacional que necessita ser alvo de estudos científicos, na medida em que revela uma rede intrincada de significações. O futebol quando competitivo (profissional) visa à extração de um campeão e, conseqüentemente, rotula vencedores e perdedores. Quando inserido no contexto escolar, possui características específicas, sendo também permeadas por tensões, competições, exclusões, inclusões, etc.
O futebol é uma das maiores paixões do povo brasileiro. Neste período de Copa do Mundo devemos aproveitar esse acontecimento, para enriquecer e dar mais sentido às aulas, conhecer e saber um pouco mais sobre a África do Sul trabalhando também os temas transversais: Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo.


OBJETIVOS GERAIS
A oficina visa a um trabalho interdisciplinar, pois eventos desse tipo são excelentes temas motivadores para desenvolver os conhecimentos e as competências curriculares, considerando o enorme espaço que o futebol assumiu na nossa cultura. Assim, entendemos como necessário:
• Trabalhar as várias etnias e culturas, procurando valorizá-las e respeitá-las.
• Identificar e compreender que um evento como a Copa do Mundo promove a união dos povos, desperta a paixão das nações, aflora o patriotismo, serve como grande oportunidade para intensificar o potencial econômico que envolve o futebol e oportuniza o conhecimento de aspectos físicos, culturais, econômicos e sociais dos países envolvidos.


OBJETIVOS DE GEOGRAFIA
• Compreender a dinâmica cultural da Copa do Mundo, assim como a diversidade étnica que envolve em particular a África do Sul anfitriã da Copa do Mundo de 2010;
• Analisar e compreender o processo que transformou esse esporte em "paixão nacional";
• Identificar e analisar a Copa como instrumento de informação, pois dá sentido ao mapa-múndi e a muitos conceitos, fatos e conhecimentos geográficos. (Temos como alguns exemplos: Ninguém havia ouvido falar na República dos Camarões antes de os "leões africanos" aparecem no cenário futebolístico, no Mundial de 1990; Ter no mesmo campo inimigos políticos em 1998 como os jogadores de Irã e Estados Unidos que trocaram flores no gramado);
• Problematizar a dinâmica do mundo globalizado e do sistema capitalista que envolve a Copa do Mundo (a quantidade de marcas de patrocínio estampadas nos estádios e nas roupas dos jogadores nos ajuda a ver que não é só o futebol que está em jogo, mas o comércio de produtos, os atletas estão inseridos num sistema econômico que vê tudo como mercadoria).


OBJETIVOS DE HISTÓRIA
• Abordar a retrospectiva das Copas;
• Compreender as noções de patriotismo e nacionalismo assim como, refletir acerca do patriotismo que surge na época da Copa, questionando por que ele não se mantém vivo em outros momentos;
• Identificar momentos históricos que contextualizavam as Copas do Mundo, assim como personagens históricos que se destacaram nos anos de mundiais.


ESTRATÉGIA
• Ambientação da sala com o tema da Copa do Mundo;
• Acolhimento aos alunos;
• Dinâmica para integração do grupo;
• Atividades lúdicas para formulação de conceitos;
• Apresentação de vídeos e clipes para contextualizar a Copa da África e abordar a história das Copas;
• Dinâmica de Grupo para desenvolver questões referentes à Geografia e História;
• Debates e discussões a respeito da dinâmica capitalista que se insere no contexto de uma Copa do Mundo;
• Apresentação dos resultados do debate em forma de encenação;
• Uso da sala de informática para trabalhar com o mapa da África, com uma poesia e algumas imagens referentes à temática da Copa do Mundo.


DESENVOLVIMENTO
• Iniciaremos a oficina com a recepção dos alunos na sala ambientada em clima de Copa do Mundo. Logo na entrada, os alunos receberão pequenos círculos feitos de papel de cores variadas (serão quatro cores) simbolizando uma bola de futebol, essas “bolas” serão utilizadas na primeira atividade a ser realizada na oficina. Pois servirão como instrumento de divisão dos grupos para a atividade.

• Separados em grupos os alunos irão assistir um breve vídeo que contempla a mobilização criada pela Copa do Mundo nas nações despertando os sentimentos patrióticos e nacionalistas (o vídeo apresentado foi retirato do youtube - "Brahma - Guerreiros Copa 2010). Após a apresentação do vídeo, serão distribuídas aos alunos pequenas réplicas de camisetas feitas em papel cartão branco, onde em grupo os alunos redefinirão o uniforme da seleção brasileira de futebol utilizando as cores da bandeira. Junto ao uniforme uma frase de apoio e incentivo deverá ser criada. Os grupos então afixarão suas camisetas e frases em um painel e justificarão a confecção do uniforme e a frase. Durante as explanações, interferências serão realizadas pelos professores a fim de formar com os alunos os conceitos de patriotismo e nacionalismo e a importância desta prática para o crescimento da nação.

• Logo a seguir, os alunos serão convidados a prestigiar um vídeo que aborda a História das Copas, com imagens marcantes e fatos curiosos (retirado do site brasil.gov.br), que despertará o interesse dos alunos a conhecer um pouco da Geografia e História das 32 seleções que participam da Copa do Mundo de 2010. Aguçados com o vídeo e novamente nos grupos, os alunos irão participar de uma outra atividade. A atividade apresentará um quadro de cortiça dividido em 8 partes em alusão aos grupos da Copa de 2010. Em cada parte estarão 4 informações (podendo ser imagens ou informações históricas e/ou geográficas). Nos grupos estarão espalhadas as bandeiras das seleções que disputam o mundial e no verso das bandeiras uma dica estará colada, sendo assim os grupos deverão relacionar as informações com as dicas e desta forma afixarão as bandeiras nos espaços formando os grupos que fazem parte da Copa do Mundo da África.

• Após a atividade citada acima, e ainda nos grupos, irão analisar uma apresentação de power point onde o intuito é tratar do contexto sócio-econômico, onde a Copa do Mundo se insere dentro de uma perspectiva de mundo globalizado em que o sistema capitalista e a aplicação mercadológica versa mais alto. A proposta ao final do power point é seduzir os alunos a elaborarem estratégias para vender bolas de futebol, porém essas bolas que serão distribuídas pelos grupos não são idênticas e possuem materiais e significância dispare. Os grupos terão um tempo para desenvolver estratégias para venda do produto, assim como definir o público alvo e uma generosa justificativa para a escolha. Diante das apresentações realizadas, haverá um debate acerca dos resultados e a construção da idéia de que os sonhos e realidades que acercam os 32 países da Copa são distintos, resultantes de seu desenvolvimento econômico e de sua inserção no cenário político e que a Copa une as nações contemplando as diferenças deixando em segundo plano conflitos, classificações econômicas e sociais.
Para finalizar essa atividade será exibido uma propaganda do Banco Itaú retirada do youtube - "Itaú - ponto de vista", que apresenta a mensagem em que as diferenças sejam elas quais forem são suprimidas pela união dos povos em torno do futebol.

• Terminada as atividades realizadas na sala de multimeios, os alunos serão encaminhados à sala de informática onde desenvolverão 2 atividades nos computadores. Na primeira atividade os alunos irão acessar um programa disponibilizado no site Revista Escola no qual em um mapa interativo da África eles navegarão em busca de informações a respeito do continente que recebe a Copa. A segunda atividade se trata de uma poesia sobre a Copa (anexo 1) que será apresentada aos alunos e terá a letra disponível no word em cada computador. Com a letra da poesia e algumas imagens pré-selecionadas, os alunos, fazendo-se valer da criatividade e espírito crítico, organizarão uma montagem com imagens que deverá fazer alusão a alguns trechos da poesia.

• Obs.: durante as atividades realizadas pelos alunos músicas referentes a temática da Copa serão reproduzidas para auxiliar na ambientação da oficina.


MATERIAL / RECURSOS
1. Aparelho de som;
2. Datashow;
3. Computador;
4. Vídeos sobre a copa;
5. Cartolinas (azul, verde, amarela e branca);
6. Fita dupla face;
7. Quadro de cortiça;
8. Réplicas de camisetas em papel cartão para colorir;
9. Lápis de cor;
10. Bandeiras das seleções em cartolinas encapadas com papel contact;
11. Letras e videoclipes de músicas com referências à Copa e/ou futebol;
12. Bolas de futebol feitas com diferentes materiais.


AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua, observando-se o desenvolvimento cognitivo do aluno, sua participação e o resultado final de suas atividades.


Projeto interdisciplinar apresentado e desenvolvido no Cescon nas áreas de Geografia e História pelos professores Ieda Maria Galvão dos Santos e Lucas Luiz Lamosa.

ANEXO

1.
Ópio do Povo
A bola está rolando,
O povo está sendo enrolado!
E o trabalhador,
Pobre coitado,
Desempregado,
Gasta o sal do almoço
Para comprar a televisão,
Em prestações adiadas,
(Depois da copa)
a juros exorbitantes
Pra que calcular?
Que nada,
Nem saberia nestes instantes!
Quer viver de ilusão!
Matar a fome dos sonhos
Matar os filhos de fome
E esquecer a inflação!
O governo satisfeito,
Aproveita da situação!
Gasta com shows de artifício
Não mede qualquer sacrifício
Para alimentar este vício
E apagar da memória de todos,
A farra
Do mensalão!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Blocos econômicos e sua influência na regionalização do espaço mundial


Como havia prometido segue uma atividade para 8ºano referente ao conteúdo do 2º bimestre.

Essa é uma sugestão de aula para desenvolver o assunto sobre Blocos Econômicos, abordando desde o processo de formação dos blocos, os países integrantes de cada bloco econômico, assim como os excluídos, a dinâmica político-econômica ao qual estão inseridos e o papel dos blocos no cenário mundial.

Material necessário
- Mapa-múndi;
- Cópias reduzidas do planisfério, em quantidade para o trabalho em duplas ou trios;
- Papel de seda ou vegetal;
- Lápis de cor, lápis ou lapiseira e borracha.

Desenvolvimento
- Em uma aula introdutória, com a apresentação de powerpoint (elaborado pelo professor) ou mesmo na lousa com o auxílio do mapa mundi, converse com os alunos a respeito do que vem a ser os blocos econômicos, seu processo de construção e como eles estão inseridos no contexto econômico, político e social.
- A partir da construção do conceito de blocos econômicos:

* Exponha na classe o planisfério político e mostre (em cópias impressas ou no computador, se disponível)a configuração dos blocos econômicos e as mudanças nos centros de poder ao longo da história. Converse com os alunos sobre o que eles pensam a respeito da formação dos blocos, como eles mudaram no decorrer do tempo e como está o cenário nos dias de hoje, levando em consideração três momentos principais:
1) o início do século XX — mundo pré-guerras;
2) a bipolarização do mundo pós-guerra;
3) o contexto atual.
Localizem, então, no mapa-múndi, os principais blocos atuais, como MERCOSUL, NAFTA, UE e Apec, e a pretensão da formação da ALCA, discutindo os principais aspectos que os diferenciam e os tornam importantes no cenário econômico e geopolítico internacional.

* Proponha a confecção de croquis cartográficos. Relembre conceitos que devem ser utilizados, como título, legenda e escala. Para começar a atividade, os alunos devem sobrepor o papel de seda ou vegetal à cópia do planisfério. Em seguida, contornar os limites de cada continente e, utilizando cores diferentes, contornar as áreas de abrangência de cada bloco econômico. Em seguida, confeccionarão as legendas conforme os elementos representados no croqui. Ao final, deverão colocar um título adequado ao aspecto representado.

* Com os croquis prontos, inicie um debate sobre o papel dos blocos na economia global, não esquecendo de mencionar os países que estão excluídos desse processo (principalmente os países africanos, da América Central e alguns do sudoeste e sul da Ásia). Monte com a turma uma lista das principais características econômicas, políticas e culturais dos países inseridos nos blocos, em contraposição àqueles que não estão inseridos nesse tipo de integração. Em seguida, discutam a respeito da influência que os blocos econômicos exercem na regionalização do espaço mundial(fato este que ficará bem definido com a produção dos croquis).
Peça aos alunos que elaborem, individualmente, um pequeno relatório registrando seu entendimento a respeito das aulas.


(Atividade adaptada do site Revista Nova Escola).

"Uma breve reflexão sobre o nosso modo de vida"

Esse vídeo é para refletir com os alunos de 8º e/ou 9ºano acerca da nossa sociedade e dos padrões aos quais ela se encontra inserida.

A história das coisas

Sinopse:
O que é História das Coisas ? Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos. História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nas relações de nossos padrões de consumo. História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo. História das Coisas nos ensina muita coisa, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Texto "Meio técnico-científico-informacional"

**Aqui vai a postagem do texto prometido, com uma linguagem simples e direta, esclarecendo alguns parâmetros para oportunizar um melhor planejamento da aula** (Espero ter ajudado).

O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO E A INFORMAÇÃO

Uma das realidades mais extraordinárias do mundo atual é a velocidade com que são transmitidas informações entre diferentes lugares, quer estejam próximos quer distantes, fazendo deles lugares mundiais. A comunicação e a circulação de informações - dados, idéias ou decisões - ocorrem instantaneamente, no chamado tempo zero. Isso sem falar que essas informações podem chegar, ao mesmo tempo, em vários lugares. Velocidade, instantaneidade e simultaneidade são características do que chamamos de meio técnico-científico informacional.

A Em 1982, o geógrafo Milton Santos, em seu trabalho intitulado Pensando o Espaço do Homem, já alertava para o fato de que, das múltiplas denominações aplicadas ao nosso tempo, nenhuma é mais expressiva que a de período tecnológico. Dizia ele que a técnica é um intermediário entre a natureza e o homem desde os tempos mais remotos e inocentes da História. Mas, ao converter-se num objeto de elaboração científica sofisticada, acabou por subverter as relações do homem com o meio, as relações entre as classes sociais e até mesmo as relações entre as nações.

Para Milton Santos, a ciência, a tecnologia e a informação, hoje, são as bases técnicas da vida social, ou, em outras palavras, o meio técnico-científico informacional é um meio geográfico no qual o território inclui obrigatoriamente ciência, tecnologia e informação.

Nas últimas décadas, a revolução tecno-científica em curso se deu destacadamente no campo da microeletrônica e das telecomunicações, e ocorreu juntamente com a reestruturação da produção e do trabalho no sistema capitalista, da economia internacional e dos territórios. A alta tecnologia permitiu a crescente internacionalização da economia e a interpenetração das economias nacionais, ou seja, a interpenetração do capital, do trabalho, dos mercados e dos processos de produção baseados na informação. E, com isso, países e nações deixam de ser unidades econômicas de nossa realidade histórica.

A economia capitalista, dominante no mundo, estimula à competição econômica e força as empresas - principalmente as de grande porte - a buscarem a eficácia, gerando com isso uma sucessiva revolução do trabalho, da técnica e dos produtos. Sistemas cada vez mais aperfeiçoados de comunicação e de fluxos de informações, junto com técnicas mais racionais de distribuição, tais como empacotamento, controle de estoques e conteinerização, permitem a aceleração das atividades e da circulação de mercadorias. Bancos eletrônicos e dinheiro "de plástico" são inovações que agilizam os fluxos de dinheiro e permitem a aceleração dos negócios nos mercados financeiros e de serviços, tanto nacionais como internacionais.

A economia de mercado sempre buscou a redução das distâncias porque isso significaria redução do tempo de produção, de circulação e de consumo de mercadorias e, conseqüentemente, redução dos custos, pois, no sistema capitalista de produção, tempo é dinheiro. Grandes avanços foram feitos nesse sentido, ao longo do século XIX e na primeira metade do século XX. Eram inovações voltadas para a remoção das barreiras espaciais - uma questão "deveras geográfica" na história das sociedades capitalistas.

Foi isso que aconteceu quando surgiram as estradas de ferro, o cabo submarino, o telégrafo sem fio, o automóvel, o telefone, o rádio, o avião a jato e a televisão que, ao formarem redes técnicas de circulação e comunicação, permitiram (cada um a seu tempo e interligando-se aos demais) realizar integrações territoriais, quebrando as barreiras físicas para o transporte e para a circulação de matérias-primas, de bens produzidos, de pessoas, de idéias, de decisões e de capital. Mas nenhuma dessas inovações comprimiu tanto o espaço, acelerando o processo de integração, como as novas tecnologias da informação.

Hoje ocorre um aumento significativo na densidade das redes de circulação e de comunicação. E essas redes podem se superpor umas às outras, permitindo simultaneamente a aceleração nos processos de integração produtiva, integração de mercados, integração financeira, integração de informações. Mas, ao mesmo tempo e perversamente, geram um processo de desintegração, pelo qual países e nações são excluídos das vantagens propiciadas pela alta tecnologia da informática, como ocorre, notadamente, com nações africanas.

No entanto, a exclusão não se dá apenas em relação às nações mais pobres. Tal exclusão atinge também milhões de trabalhadores nas economias de tecnologia mais avançada. Em países desenvolvidos, máquinas inteligentes estão substituindo trabalhadores de escritórios e operários que, a cada dia, engrossam as filas dos desempregados.
Podemos então deduzir que a tecnologia é um fator importante, mas ela, por si só, não explica a História dos homens.


(Extraído do site http://mundogeografico.sites.uol.com.br/geral08.htm).

Trabalhando com pirâmide etária

Pirâmide Etária

Trata-se de uma ilustração gráfica que mostra a distribuição dos diferentes grupos etários, em uma população (tipicamente de um país ou região do mundo), em que normalmente cria-se a forma de uma pirâmide. Esse gráfico é constituído de dois conjuntos de barras que representam o sexo e a idade de um determinado grupo populacional. É baseado numa estrutura etária da população, ou seja, a repartição da população por idades.
As pirâmides etárias são usadas, não só para monitorar a estrutura de sexo e idade, mas como um complemento aos estudos da qualidade de vida, já que podemos visualizar a média do tempo de vida, a taxa de mortalidade e a regularidade, ou não, da população ao longo do tempo. Quanto mais alta a pirâmide, maior a expectativa de vida e, consequentemente, melhor as condições de vida daquela população. É possível perceber que quanto mais desenvolvido economicamente e socialmente é o país, mais sua pirâmide terá uma forma retangular.

Quando se estuda a estrutura etária da população tem-se em conta três grandes grupos etários:

• jovens, dos 0 aos 14 anos;
• adultos, dos 15 aos 64 anos;
• idosos, com 65 ou mais anos.

O estudo é feito a partir de uns gráficos chamados pirâmides etárias: gráficos de barras que representam a população por grupos de idade e sexo.

Tipos de pirâmides etárias e características:

Pirâmide Jovem: base larga, devido à elevada natalidade e topo estreito em consequência de uma elevada mortalidade e esperança média de vida reduzida. As pirâmides deste tipo representam populações muito jovens típicas dos países menos desenvolvidos.


Pirâmide envelhecida: base mais estreita do que a classes dos adultos. Reflete uma diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida. É características dos países desenvolvidos.


Entre estes dois extremos existem situações intermédias:

Pirâmide adulta: a base é ainda larga mas existe um aumento da classe dos adultos e dos idosos. A taxa de Natalidade está a diminuir e a esperança média de vida a aumentar.


Pirâmide rejuvenescida: reflete alguma recuperação das classes etárias dos jovens em virtude do aumento da fecundidade.



Sugestão de atividade:


Os alunos construirão um questionário com o intuito de coletar informações dos seus vizinhos – idade e gênero – podendo, abranger a rua inteira e se essa for muito extensa, a escolha de algumas quadras.
A partir dos dados coletados, os alunos irão construir a pirâmide etária dos moradores de sua rua (manualmente) e por meio das pirâmides irão comparar com as elaboradas pelos outros colegas e discutir as semelhanças e diferenças, por meio de apresentação oral.

Material necessário:
Papel ofício, lápis e lápis de cor, régua, borracha, caneta para a elaboração dos questionários e das pirâmides etárias.

(Para desenvolver a construção das pirâmides com os alunos você pode facilitar o trabalho com o papel quadriculado (ou milimétrico), assim a construção das pirâmides fica com o formato mais preciso).

Exemplo:

Construindo uma maquete



Monte três grupos, de modo que cada um represente uma das atividades econômicas: agricultura, comércio e indústria. O objetivo é que os alunos compreendam a relação entre o desenvolvimento da agricultura, do comércio e da indústria e a construção do espaço geográfico.
Com esta atividade é possível avaliar o nível de compreensão do tema pelos alunos. Além disso, você poderá acompanhar a participação individual de cada estudante na atividade coletiva. Se eles apresentarem dificuldades no que diz respeito ao conteúdo, utilize a própria maquete para mostrar o processo de transformação da natureza e a maneira como o espaço geográfico foi construído, de acordo com as técnicas desenvolvidas em cada período.
Com as maquetes montadas, você poderá introduzir algumas noções necessárias à alfabetização cartográfica, como visões vertical, frontal e oblíqua.

1. Represente em uma maquete o espaço geográfico construído historicamente a partir das atividades pré-agrícolas, agrícolas, comerciais e industriais.
• Procedimentos: o trabalho deve ser feito em grupo e cada grupo deverá escolher e representar o espaço geográfico a partir de uma atividade.
• Material necessário: caixas de papelão pequenas, tintas para papel, cola, tesoura, canetas hidrocor, papéis coloridos, uma base de papelão ou madeira. Procure não utilizar isopor por ser um produto de difícil reciclagem.

Roteiro para montar a maquete:
a) Antes de fazer a maquete, elaborem um desenho preliminar do que o grupo quer representar. Destaquem os aspectos naturais e culturais.

b) Selecionem as caixas proporcionalmente, de acordo com as construções a serem representadas, de modo que uma casa não fique maior que um edifício.

c) Remontem as caixas pelo avesso, assim os rótulos não aparecerão.

d) Pintem as caixas de acordo com a função (moradia, comércio, empresa etc.).

e) Colem-nas na base de madeira ou de papelão.

2. Exponha o trabalho na sala de aula e debata com os alunos o seguinte tema: “Como o ser humano construiu o espaço geográfico”.

Por meio de uma estratégia lúdica, o objetivo desta atividade é mostrar o processo de transformação do lugar onde o aluno vive e verificar qual das atividades econômicas mais se desenvolveu nesse lugar.

(Atividade adaptada do portal Escola Educacional.)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

África do Sul - Copa do Mundo 2010

A Copa do Mundo 2010 se inicia essa semana no dia 11/06/2010 as 11:00h com o jogo África do Sul e México em Johanesburgo. Pensando nisso fui atrás de um material bacana sobre a África do Sul, sua história, a memória das lutas, o líder Nelson Mandela, as marcas deixadas pelo Apartheid, a impressão dos brasileiros que vivem na África do Sul, a atuação da Igreja Católica na construção de uma nova sociedade e as expectativas e emoções dos últimos dias antes da abertura da Copa do Mundo.
Espero que apreciem e com certeza esse material pode ser levado para a sala de aula para servir como material de apoio para as aulas de Geografia neste momento que o Mundo respira África e a Copa.



Posto ainda o vídeo oficial da Copa do Mundo 2010 FIFA, Waka Waka, cantado por Shakira feat Freshlyground, nas versões inglês e espanhol.






Este documentário realizado pela REDE APARECIDA com direção, roteiro e reportagem de Pe. Rafael Vieira, foi retirado do youtube.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Migrações: as interações culturais no Brasil

(publicada por Carlos Pires)

Proposta de aula para 7º e 8º ano.

Objetivos
- Identificar os fluxos migratórios internos no Brasil e no município.
- Compreender e analisar as transformações no espaço geográfico.
- Avaliar a interação cultural provocada pelas migrações.

Material necessário
Mapas do Brasil com fluxos migratórios do Geoatlas, da Editora Ática, máquina fotográfica, cartolinas, canetas coloridas e papel.

Desenvolvimento

1ª etapa
Para que iniciem uma investigação sobre as migrações no Brasil e, ao fim do trabalho, organizem painéis sobre o tema, lance algumas questões para os alunos. O que leva uma pessoa a abandonar sua terra e buscar outro lugar? Quais são os fluxos migratórios atuais e suas direções? As hipóteses e as justificativas devem ser registradas por escrito e socializadas.

2ª etapa
Oriente a consulta aos mapas para que a turma confirme suas ideias ou as corrija. Peça também que todos comparem os mapas a fim de verificar que, entre as décadas de 1960 e 80, predominaram os fluxos de longa distância, em especial de nordestinos para o Sudeste e de sulistas rumo ao Centro-Oeste e ao Norte e, a partir do fim da década de 1980 e início dos anos 1990, os movimentos passam a ser multidirecionais e indicam retorno.

3ª etapa
Peça que todos levantem hipóteses justificadas sobre como o município em que vivem é caracterizado em relação à migração. É a chegada ou a partida de pessoas que marca a história local? Quais interações culturais são motivadas por isso? Há convívio com quem vem de fora? E preconceito?

4ª etapa
Oriente uma pesquisa de campo sobre a interação cultural na cidade. Acompanhe a turma na busca por placas com nome de ruas, avenidas e praças que revelem a influência de imigrantes, além de estabelecimentos que vendam produtos típicos de outras localidades e centros culturais regionalistas. Cada achado deve ser fotografado e registrado por escrito.

5ª etapa
Em grupos, os estudantes devem entrevistar os imigrantes da cidade, levantando itens como nome, região onde mora, ocupação, lugar de origem, ano e motivo da migração. Já sofreram discriminação? Organizam encontros e festas para constituir ou restabelecer seus laços sociais e culturais? Depois, devem falar com os não-migrantes para saber qual a relação eles têm com quem vem de fora e se incorporam seus traços culturais.

6ª etapa
Hora de montar os painéis. Os grupos devem selecionar as fotos feitas anteriormente e trechos das entrevistas que revelem desde quando e como a migração está presente no território, quais são as interações culturais e como a população local se relaciona com quem vem de fora.

Produto final
Painéis sobre migração.


(adaptado da Revista Nova Escola)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Leitura e interpretação de mapas - sequência didática

Para os professores de 7º ano segue uma sugestão de sequência didática sobre Leitura e interpretação de mapas.



Objetivos
Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e baseada em símbolos, códigos e convenções. Ler, analisar e interpretar mapas. Elaborar um texto síntese sobre o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações.

Conteúdos

Linguagem cartográfica, leitura e interpretação de mapas

Material necessário
Jornais, revistas, livros didáticos, atlas geográfico e acesso à Biblioteca e ao Laboratório de Informática da escola.


Desenvolvimento


1ª etapa
Proponha que os estudantes façam uma análise das representações cartográficas apresentadas em jornais, revistas, portais da internet, livros escolares e outros veículos de comunicação. Para isso, divida a turma em pequenos grupos, entregue a eles algumas revistas e jornais e peça que pesquisem, coletem, selecionem e organizem os mapas encontrados, anotando tema, título, fonte, nome e data de publicação. Em seguida, promova uma conversa com a turma sobre o que sabem a respeito dos elementos centrais que devem estar presentes nos mapas e peça que analisem a adequação dos elementos da linguagem cartográfica apresentados em cada mapa selecionado.


2ª etapa

Com base nos resultados, amplie as informações destacando que a cartografia é uma linguagem com símbolos, códigos e convenções. Por ser uma linguagem visual e universal, é desejável que um mapa possa ser lido e interpretado por qualquer pessoa, independente de onde esteja.

Pergunte à turma quais são os elementos centrais que não podem faltar em um mapa. Eles devem pontuar: título, legenda, escala cartográfica, o Norte, toponímia, projeção, coordenadas geográficas e símbolos e referências gráficas. Explique que é indispensável que o mapa contenha as fontes anotadas de forma completa, incluindo as pesquisas das bases de dados. Ressalte também que as representações podem ser dispostas em pontos, linhas e áreas e organizadas para mostrar relações entre fenômenos como diversidade, ordem e proporcionalidade.

Para possibilitar a leitura, o mapa deve conter a identificação clara do significado dos símbolos e cores adotados na representação. É importante também que não estejam muito carregados, com excesso de informações que comprometam a apreensão visual. O mais indicado, nesses casos, é que o tema seja apresentado em uma coleção de mapas.


3ª etapa

Se necessário, faça um rápido exercício de verificação dos elementos estruturais de um mapa em atlas geográficos e livros escolares. Em seguida, proponha que cada grupo examine com atenção um dos mapas recolhidos na primeira aula. Peça que identifiquem e discutam situações em que os mapas devem ser completados – ou até mesmo corrigidos – e elaborem um quadro com essas observações, justificando-as a partir de premissas da linguagem cartográfica. Com base nos resultados, solicite que cada grupo apresente aos demais as correções que faria em cada mapa.


4ª etapa

Promova uma roda de conversa para debater e estabelecer conclusões sobre o trabalho realizado. Peça que anotem as principais conclusões e proponha a elaboração de uma dissertação individual sobre o tema. Nela, cada estudante deverá discutir o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações e compreensão de temas por diferentes públicos. Para enriquecer os trabalhos, é recomendável a inserção de plantas, cartas e mapas e outras representações gráficas.

Avaliação
Considere a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Da mesma forma, verifique a correção conceitual, a clareza e organização dos textos, assim como da exposição dos resultados dos trabalhos. Na dissertação, leve em conta o modo como apresentaram e discutiram os processos e visões acerca do tema, bem como a correta apresentação e utilização das bases de dados, noções e conceitos cartográficos analisados. Reserve um tempo para que as turmas avaliem o trabalho realizado.

Extraído e adaptado da Revista Nova Escola

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dinâmica - Meio Ambiente

O BONECO



Dividir os participantes em seis subgrupos. Cada um ficará responsável por uma parte do boneco: cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés


. Cada grupo desenhará uma parte do corpo e terá duas perguntas para responder. As respostas devem ser registradas nos cartazes juntamente com o desenho. Para que os grupos tenham uma visão geral da dinâmica, é importante que se leiam todas as perguntas antes de iniciar o trabalho.


a) Cabeça: Qual a realidade ambiental que vemos? O que escutamos da sociedade sobre a preservação da biodiversidade?

b) Tronco: O que sentimos sobre a degradação ambiental? O que sentimos sobre o papel do estudante na preservação da biodiversidade?


c) Braços: Até onde podemos alcançar com nossa ação? Com quem (pessoas, entidades etc.) podemos andar de braços dados na preservação da biodiversidade?


d) Mãos: Quais os compromissos que podemos firmar enquanto grupo na preservação da biodiversidade? Quais as ferramentas que temos disponíveis na escola para divulgar nossas idéias?


e) Pernas: Que caminhos queremos tomar no desenvolvimento de ações de preservação da biodiversidade? Qual o suporte (pessoas, materiais, finanças etc.) que temos para desenvolver uma ação?


f) Pés: Que ações podemos realizar envolvendo nossa escola na preservação da biodiversidade? Que resultado desejamos com nossa ação?


-> Após a construção do boneco e a análise das respostas, elaborar um debate com os alunos estabelecendo assim uma reflexão a respeito do papel do homem em relação a natureza na tentativa de promover uma interação equilibrada.
-> Sensibilizar os alunos para a preservação do meio ambiente, desenvolvendo o sentimento de que as ações necessitam ser continuas e que começam na educação com os próprios alunos.
-> Elencar as questões de desenvolvimento sustentável e educação ambiental.



Fonte: Extraído e adaptado da cartilha “Semana do Estudante - Há que se cuidar da vida”, 2007. PJE-PJB.