Com base nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, resolvi disponibilizar um artigo para a análise dos professores que enfatiza e problematiza o papel da educação acerca da temática do desenvolvimento sustentável, e alguns vídeos que podem ser trabalhados com os alunos, com o objetivo de estimular a reflexão e o debate sobre o tema.
A educação como base do desenvolvimento sustentável, artigo de Geraldo Mendes dos Santos.
Nesse início de junho, o meio ambiente volta a ser tema de debates, palestras, conferências e discursos.
Mundo afora, os holofotes da mídia iluminam palcos e outras instâncias para prestar sua homenagem e ceder vez e voz aos protagonistas da festa, dentre estes os políticos, cientistas, gestores, professores, estudantes e demais ambientalistas.
Também sob inspiração da data, uma enxurrada de obras, projetos, programas e ações governamentais será lançada, como se isso fosse uma reparação de atos prometidos e não cumpridos no passado, a solução das mazelas do povo ou uma mitigação salvadora para tantos males desse nosso planeta, cada dia mais ameaçado.
Por outro lado, empresários pouco afeitos à verdadeira causa ambiental e sempre interessados em seus próprios negócios, também aproveitam o momento para fazer marketing de nomes, produtos e serviços de suas empresas.
Aliás, nada de muito diferente do que ocorre nas demais datas comemorativas, quase sempre criadas com o intuito de incrementar vendas, gerar dinheiro.
É oportuno lembrar que os personagens e papéis até aqui apresentados não são os únicos ou maiores responsáveis pelas alterações ambientais.
Há que lembrar também aqueles que se utilizam do meio ambiente como se fosse perpétua propriedade particular, se destinasse apenas à especulação monetária ou baú a ser explorado a qualquer custo.
Bem, o objetivo da minha análise não é apenas uma crítica à cegueira dos que arrasam o ambiente por ignorância, maldade ou mesquinhez, mas uma apologia ao brilho intrínseco da festa a ele dedicada e ao leque de oportunidades que nela surgem e devem ser aproveitadas para proposições em prol de sua própria defesa e do desenvolvimento sustentável.
Aproveito, portanto, para lançar, ou melhor, reforçar uma proposição que me parece fundamental para a preservação do meio ambiente, em especial da Amazônia.
A proposição é esta: - a sustentabilidade do desenvolvimento depende muito mais da educação que das normas jurídico-administrativas ou das técnociências.
Neste contexto, convém destacar o tipo de educação necessária. Certamente, não é aquela feita nos moldes convencionais, de simples transferência de informações entre professores e alunos, sem nenhum senso crítico, como se ambos não passassem de meros repetidores e repositórios.
Não aquela educação que insiste na manutenção dos velhos paradigmas da hierarquização dos saberes, com privilégios para aqueles que estão no topo da pirâmide ou que atuam bem de acordo com os interesses das políticas capitalistas, globalizadoras e que são mais zelosas com os mercados financeiros do que as pessoas.
Também, não é aquela educação que formata, ao invés de formar e quando forma, enquadra em fôrmas, sempre de acordo com os velhos modelos de luta, competição e dominação crônicas.
A educação desejável é aquela que eleva, liberta, transforma, dignifica, edifica e fica consubstanciada em valores profundos, vinculados mais à consciência que à bolsa, mais ao espírito que ao corpo.
Educar é tornar o homem autônomo, senhor de seu destino e da divindade, conforme nos ensinam Kant, Hegel, Feuerbach e tantos outros eminente filósofos.
Educar é um processo, não um ato. Assim, a educação realmente compromissada com a qualidade de vida e a preservação ambiental, não deve se fixar apenas nos pressupostos pragmáticos e utilitaristas, tão a gosto das tecnociências e que se restringem aos limites do saber fazer.
Ao contrário, ela deve estar impregnada do senso crítico e de uma visão de mundo holística, onde o "que", "para que" e "para quem" tem o mesmo significado que o "como" tão valorizado no processo produtivo.
É neste tipo de educação desejável que deve crescer e prevalecer o senso do direito, da ética e da justiça universais.
Uma educação que fomente não apenas a euforia momentânea pela posse dos objetos tecnológicos, mas a alegria e mesmo o deslumbramento pela beleza e graça que a vida nos concede pelo trabalho honrado e, quase sempre, gratuitamente.
Esta tese pode parecer simplista, mas para a boa qualidade de vida e a efetiva preservação ambiental, a incorporação desses elementos transcendentes nas esferas discursivas e nas práticas rotineiras é de fundamenta importância.
Na verdade, sem eles, a noção de desenvolvimento sustentável não tem sentido, não passa de falácia e desencantamento.
Vídeos complilados no youtube e no site da Globo
Desenvolvimento sustentável
Abra sua mente. Torne possível a vida para as futuras gerações ajudando da forma mais simples que puder.
Dê mais valor ao mundo que vive.(vídeo Reconhecido pelo Ministério da Educação).
Brasil - o desafio da sustentabilidade
O vídeo desenvolvimento sustentável vem apresentar o empenho do Brasil na atuação do Desenvolvimento Sustentável
Consciência Ambiental WWF
Filme comemorativo WWF. Salve seu planeta, pois você é mais responsável do que imagina. Uma hora, o mal volta pra você!
James Cameron relaciona 'Avatar' com sustentabilidade do nosso planeta
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